O torcedor do Santos pode encarar a goleada por 4 a 0 diante do Palmeiras como uma noite a ser esquecida ou uma noite a ser lembrada. Os dois caminhos tem o seu valor, mas como o nosso papel aqui no DIÁRIO é pensar no crescimento do Santos, não vamos esquecer o vexame, mas tentar aprender com ele.
Não é preciso crucificar Jorge Sampaoli pelo resultado. É claro que a escalação não foi a melhor para a partida, a tática pensada não funcionou, como o próprio treinador admitiu, mas acontece. O saldo dele é muito mais positivo do que negativo de não podemos jogar a responsabilidade toda nele.
Alguns jogadores foram mal individualmente também, Rodrygo sentiu e não estava à disposição, Cueva entrou com um incrível capacidade de dar passes para o lado e se esconder (e o clube pagou R$ 26 milhões por isso), Vanderlei não estava em uma noite feliz, sentimos a falta de um centroavante, etc.
A goleada, a terceira sofrida no ano, deixou ainda mais claro um ponto que muitas vezes passa batido nas avaliações sobre o desempenho do Peixe: falta uma liderança no elenco.
O capitão Victor Ferraz tem ótima atitude, tem bom futebol, mas não é o jogador capaz de chamar a responsabilidade em campo nos momentos difíceis. E ele nem estava em campo no clássico, o capitão foi o goleiro Vanderlei, com perfil ainda mais discreto.
O técnico muitas vezes não pode resolver os problemas. O jogador dentro de campo tem de perceber os sinais, os caminhos do jogo e tomar alguma atitude para mudar o cenário. Mas o Santos não tem esse jogador hoje em dia.
Na final da Copa do Brasil de 2010, depois de vencer o primeiro jogo por 2 a 0, o Santos foi enfrentar o Vitória em Salvador e o time da casa começou o jogo em cima do Peixe. Parecia que o título iria escapar, mas Robinho chamou o jogo para ele, o Santos abriu o placar e ficou mais tranquilo. Mesmo perdendo por 2 a 1 depois, garantiu o título de firma confortável (o Vitória precisava de mais dois gols para ficar com a Taça pelo gol qualificado).
Lembrei da atuação de Robinho na final da Copa do Brasil de 2010 depois de ler um post de um torcedor em uma rede social. O Santos só foi campeão nacional com Pelé ou Robinho no time. Foram seis títulos com o Rei do futebol e outros três com o Rei do drible.
O Santos de Sampaoli precisa de um cara como Robinho.
Será que não está na hora dele voltar?
Não devia nem ter deixado ele ir
Sem duvidas.Volta hoje Robinho
Volta Robinho!
Alguns jogadores desse grupo seriam os craques no campeonato da rua, São bons para jogar o paulistinha. Mas apenas medíocres para o campeonato brasileiro. Não conseguem ganhar do River genérico na Sul Americana. O craque do paulistinha, Jean Mota, é um exemplo. Quando pegam um time mais forte, num jogo mais pegado, os caras afinam, entram em parafuso, ficam atordoados, entram em pânico. Os tais líderes do elenco (Vítor Ferraz??!!!) simplesmente se escondem. Porem, o que preocupa mesmo é a situação das categorias de base, que estão mal e, historicamente, sempre foram a salvação do Santos. O time depende de atletas revelados na base. Se continuar gastando tudo que tem para reforçar o time com esses veteranos de qualidade duvidosa, que não vão dar retorno financeiro, o futuro está comprometido.