O empresário Roberto Diomedi pubicou foto com o presidente José Carlos Peres em seu instagram (Crédito: Reprodução)

O presidente do Santos, José Carlos Peres, aproveitou a viagem para a Ásia para se encontrar com Roberto Diomedi. CEO do Bolton Group. Segundo publicações em redes sociais, o grupo, através da Bolton Coin, moeda virtual, pretende reformular a Vila Belmiro.

“Bolton Coin is building the “Bolton Arena” in Brazil for the SANTOS FC (em português: Bolton Coin está construindo a Bolton Arena no Brasil para o SANTOS FC)”, publicou Diomedi no seu instagram (que tem pouco mais de 6 mil seguidores, em janeiro.

O DIÁRIO DO PEIXE buscou informações sobre a empresa no mercado. No site www.icobench.com, que avalia o potencial das criptomoedas, a Bolton Coin recebeu avaliação de 3.2 (numa escala de 5), mas gerou dúvidas nos consultores.

O projeto parece estranho para mim. O WP é mais como um livreto de publicidade: sem análise competitiva ou planejamento de negócios. Um grande número de soft e hard caps que não podem se relacionar à situação real do mercado. A equipe é boa, mas não tão boa, acredito – não há grandes influenciadores globais nos mercados financeiros”, avaliou Igor Karavaev.

“Eu acho que o equilíbrio de soft cap e hard cap deste projeto está errado. Eles estão fazendo coisas muito desagradáveis. Se eles refinarem, acho que existe a possibilidade de termos sucesso”, escreveu Kyon Yoshirara.

Um dos avaliadores chega a afirmar que recebeu ameaças de um integrante da empresa ao pedir mais informações sobre o projeto.

No site www.coinmarketcap.com, que acompanha o rendimento das criptomoedas, a Bolton Coin não aparece entre as 1.000 primeiras moedas em movimentações financeiras.

No Brasil, o Avaí lançou um projeto com criptomoedas em setembro do ano passado. A ideia era arrecadar R$ 80 milhões com venda de tokens para financiar a estrutura e investir no departamento de futebol, mas só conseguiu arrecadar R$ 18 milhões e o projeto foi abandonado (o mínimo para seguir adiante era R$ 32 milhões).

O Atlético-MG lançou em dezembro sua própria moeda virtual, a Galo Coin.

O Athlético-PR lançou sua própria moeda ano passado em parceria com a Inoovi, a IVI. Nesta semana, de acordo com matéria da Gazeta do Povo, do Paraná, o clube suspendeu a parceria por não receber o pagamento previsto no contrato. Ainda de acordo com o jornal, diversos torcedores tiveram prejuízo na compra das criptomoedas. Um deles gastou R$ 84 e com a desvalorização da moeda hoje tem R$ 1,68.