As contas da gestão de José Carlos Peres em 2018 foram reprovadas pelo Conselho Deliberativo (Crédito: Divulgação/SantosFC)

Na noite desta segunda-feira, em uma reunião tensa, o Conselho Deliberativo do Santos reprovou as contas de 2018, na Vila Belmiro, por ampla maioria. O déficit final do ano passado foi de R$ 77 milhões. Entretanto, neste resultado não consta a venda de Rodrygo ao Real Madrid, de 20 milhões de euros (R$ 87,5 mil) da primeira parcela já debitada e 25 milhões R$ 109,4 milhões) a serem quitados.

Por meio de uma nota oficial o presidente José Carlos Peres afirmou ter pago o montante de R$ 74 milhões em dívidas de gestões passadas, valor que não estava nos planos do dirigente.

“A negociação do Rodrygo geraria uma receita líquida de R$ 150 milhões, o que nos daria um superávit contábil de R$ 72 milhões), disse a diretoria em documento disponível no Portal Transparência.

A reunião desta noite foi tensa. O presidente pediu ao executivo de finanças, Fernando Volpato, subir ao palanque para dar as explicações sobre as contas. O Conselho não aprovou. Peres chegou a pedir paz aos conselheiros, antes de explicar pessoalmente os pontos mais problemáticos do relatório, como o uso dos cartões corporativos. O presidente chegou a bater boca com o conselheiro Celso Jatene.

O presidente José Carlos Peres tem 15 dias para recorrer da decisão dos conselheiros. Na sequência, o caso será levado para a Comissão de Inquérito e Sindicância e, caso a comissão considere a gestão negativa, o presidente pode perder o seu mandato. Com isso, poderá ser aberto um novo processo de impeachment ao dirigente.