Pedro Doria foi um dos autores da ação pedindo a anulação da reunião do Conselho (Crédito: Divulgação)

Três membros do Comitê de Gestão do Santos, Pedro Doria, Matheus Rodrigues e José Bruno Carbone, entraram na Justiça para tentar barrar o andamento de um possível processo de impeachment do presidente José Carlos Peres pela reprovação das contas de 2019.

Na petição inicial, os membros do CG alegam que quatro conselheiros que participaram da primeira reunião que reprovou as contas de 2019, dia 30 de junho, estavam inadimplentes e, portanto, não poderiam participar do encontro.  Por isso, eles pedem a anulação da reunião e, consequentemente, dos efeitos da sua decisão. Na votação, as contas do presidente José Carlos Peres foram reprovadas por 151 votos a a 10.

Após a defesa do dirigente ao Conselho Fiscal, as contas foram votadas novamente, em reunião no dia 3 de agosto, e foram reprovadas, dessa vez por 170 votos a três. Com isso, o caso foi enviado à CIS, que notificou Peres no início da semana. Ele, agora, tem prazo para apresentar a defesa. Se a CIS não aceitar a defesa, um novo processo de impeachment contra o presidente deve ser aberto. Por isso, o CG tentou travar o processo com o pedido de anulação da reunião.

O juiz Rodrigo Garcia Martinez, da 11ª vara cível de Santos, no entanto, indeferiu o pedido de liminar dos membros do Comitê de Gestão e deu prazo de 15 dias ao presidente do Conselho, Marcelo Teixeira, apresentar a defesa do clube no processo.

“Por ora, indefiro o pedido em razão da inexistência de urgência da decisão; e, pelo documento de fls. 282/284 não ser oficial (emitido pelo clube) para os fins de atestar a inadimplência dos sócios. Além do mais, não se sabe se as dívidas dos conselheiros arrolados a fls. 02/03 foram pagas. Desta forma, aguarde-se a defesa do clube”, diz um trecho da decisão do magistrado.