
Santos usou o dinheiro da Vaquinha Virtual para pagar acordo com Hamburgo (Crédito: Divulgação)
O Santos usou o valor arrecadado na Vaquinha Virtual “a virada santista” para pagar uma das parcelas do acordo feito com o Hamburgo sobre a dívida pela contratação do zagueiro Cléber Reis. A informação foi divulgada pelo clube no Portal da Transparência.
De acordo com os dados publicados no portal, a Vaquinha deu um rendimento líquido de R$ 1.015.127,83. O Santos juntou a esse valor R$ 495.950,17 do patrocínio da Tekbond para completar o valor de R$ 1.511.078,00 referentes à terceira parcela do acordo com o Hamburgo.
Durante a realização da campanha, o presidente Orlando Rollo afirmou que o valor arrecadado pela campanha seria destinado para o pagamento das dívidas na Fifa. A ideia inicial era tentar usar o valor para pagar a dívida com o Atlético Nacional pela contratação do zagueiro Felipe Aguilar (estimada em R$ 5 milhões), mas o clube colombiano não aceitou a proposta feita pelo Peixe.
Costurado pelo empresário Walter Schalka, que será membro do Comitê de Gestão do presidente Andrés Rueda, o acordo feito pelo Santos com o Hamburgo tirou uma das punições ao clube na Fifa. Com o empréstimo do presidente eleito, o Peixe pagou cerca de R$ 16 milhões à vista aos alemães e se comprometeu a pagar três parcelas de 200 mil euros, uma delas quitada com o valor da vaquinha.
Ainda que tenha sido usado para quitar dívida, o valor da vaquinha era para ser usado na dívida referente ao Aguillar, conforme proposta inicial. O presidente Rollo deveria vir a público e dar uma satisfação aos torcedores que fizeram as doações. Houve falta de transparência e falta de respeito. Não à toa, foram apenas 20.000 torcedores que enfiaram dinheiro na vaquinha (fica a dúvida se presidente, membros do comitê de gestão, conselheiros contribuíram com algum troco). Poucos confiam na diretoria do Santos FC e os que se propõe a ajudar sabem que podem levar bola nas costas.