José Carlos Peres completou seu primeiro, e conturbado, ano de mandato (Crédito: Ivan Storti/Santos FC)

Após um 2018 conturbado e marcado por crises políticas, o presidente José Carlos Peres, que venceu um processo de impeachment, entra nesta terça-feira em seu segundo ano de mandato. Com uma temporada marcada pela revelação de dívidas, contratações pontuais e três técnicos diferentes, o Santos entra em 2019 para tentar conquistar o que não conseguiu neste ano: um título.

Para isso, Peres decidiu investir pesado na contratação de um técnico de ponta: o argentino Jorge Sampaoli, que dirigiu a seleção de seu país na Copa do Mundo da Rússia de 2018. Apesar do fracasso na seleção, Sampaoli enfileira bons trabalhos e títulos: venceu a Copa Sul-Americana com a La U, do Chile; a Copa América com a seleção chilena; e fez um bom trabalho no Sevilla, da Espanha, antes de deixar o time rumo a seleção argentina.

No entanto, nem só de técnico vive um time e o Santos ainda não se mexeu no mercado de transferências. Pior: perdeu seu artilheiro, Gabigol, e o único atleta do elenco que não tem nenhum reserva, Dodô. Além disso corre o risco de ficar sem Bruno Henrique, principal jogador do time em 2017 e que viveu um ano ruim em 2018, que interessa ao Flamengo e já tornou público seu desejo de jogar com a camisa do clube carioca.

Jorge Sampaoli colocou como prioridade a contratação de um centroavante para suprir a ausência de Gabigol e indicou o argentino Gigliotti, do Independiente, mas o clube argentino fez jogo duro, rejeitou a oferta santista e dificilmente o Peixe contará com o jogador. Para a lateral esquerda o Santos ainda não desistiu de Dodô, mas o jogador recebe um salário muito alto na Sampdoria e não deve aceitar uma diminuição para seguir no Peixe.

Assim, o presidente José Carlos Peres terá trabalho para driblar a crise financeira vivida pelo Santos e fornecer a Sampaoli um time à altura do que o argentino espera para poder desempenhar um bom trabalho. O comandante entregou uma lista com 30 nomes de possíveis reforços e ainda aguarda as contratações que não ocorreram até o momento. A dificuldade do Santos no mercado incomoda o treinador, mas o presidente nega e quer apenas seguir o planejamento.