
Marcelo Teixeira está no segundo ano de mandato no Santos (Crédito: Raul Baretta/Santos FC)
Uma sucessão de erros pode levar o Santos ao segundo rebaixamento da história. Neste domingo, a equipe perdeu por 3 a 0 para o Ceará, na Arena Castelão, e se manteve na 16ª colocação, a primeira fora do Z4, com apenas 28 pontos. O desempenho expõe um planejamento tardio e com muitos erros, que começaram em novembro do ano passado.
O primeiro erro foi a demora. O Santos conseguiu o acesso para a Série A no dia 12 de novembro de 2024. Seis dias depois, anunciou a demissão do técnico Fábio Carille. No entanto, manteve Alexandre Gallo no comando da reestruturação para a volta à Série A, um prêmio para a incompetência demonstrada nos quase 18 meses anteriores no cargo.
Gallo negociou com Pedro Caixinha, mas desistiu do português. Foi diversas vezes à Argentina para acertar com Gustavo Quinteros, mas não conseguiu fechar a contratação do treinador mesmo depois de discutir nomes de possíveis reforços. Só no dia 23 de dezembro o Santos anunciou a contratação de Pedro Martins como CEO, indicado pela FPF e com um histórico de zero trabalhos de sucesso no futebol.
Com agilidade, Pedro Martins anunciou no mesmo dia a contratação de Pedro Caixinha, aquele que tinha sido preterido pelo clube cerca de um mês antes. A preço da “agilidade” foi descoberto depois com o valor da multa rescisória ainda não paga pelo clube.
Apenas no Natal, um mês e 13 dias depois da confirmação do acesso, o Santos começou a analisar o mercado e planejar o elenco. Como sempre digo, se você não é o Flamengo ou o Palmeiras, times com muito dinheiro, precisa chegar antes no mercado. O Santos, por erros do presidente Marcelo Teixeira, chegou depois de todo mundo. Nesse caso, você contrata o que sobra, paga valores que ninguém topou pagar ou inventa jogadores que ninguém se interessou em contratar.
Como era esperado, exceto por Marcelo Teixeira, Marcelo Teixeira Filho e aspones, o planejamento não deu certo e, mesmo com a chegada de Neymar, o Santos foi eliminado nas semifinais do Paulistão pelo Corinthians. Naquele momento, já estava claro que o trabalho de Pedro Caixinha não renderia frutos no clube.
No entanto, a diretoria decidiu manter o treinador e não aproveitar o intervalo entre a semifinal do Paulista, dia 12 de março, e a estreia no Brasileirão, dia 30, para fazer a mudança no comando e dar tempo a um novo técnico de ter uma espécie de pré-temporada.
A convicção de Marcelo Teixeira durou três rodadas e, após a derrota para o Fluminense no dia 13 de abril, o Santos decidiu demitir Pedro Caixinha e a comissão técnica, mas manteve o “mentor” do projeto, Pedro Martins.
Aí veio a “cereja do bolo” do planejamento idealizado por Pedro Martins, que tinha apoio incondicional do “presidente júnior”. Em um dos piores momentos da história, o Santos achou genial a ideia de apostar em Cleber Xavier, que nunca tinha treinado um time de futebol profissional na carreira, para assumir o comando do clube. Um erro de conceito básico, de alguém inexperiente, que não sabe a diferença de perfil entre técnico e auxiliar, mas acha que é superior a todo mundo e que só tem ideias geniais.
Com Cleber Xavier, o Santos sofreu uma das piores derrotas da história, o inesquecível 6 a 0 diante do Vasco no Morumbis.
Saíram Cleber e Pedro Martins, mas os artífices do “projeto Série B” seguiram no clube. Trouxeram Juan Pablo Vojvoda e Alexamdre Mattos, mas a falta da QI esportivo permanenceu no CT Rei Pelé.
O Santos mais uma vez foi ao mercado de forma tardia e, repetindo o que disse antes, nesse caso, você contrata o que sobra (Lautaro Díaz e William Arão), paga valores que ninguém topou pagar (Adonís Frias e Alexis Duarte) ou inventa jogadores que ninguém se interessou em contratar (Caballero).
Nada é mais emblemático sobre a falta de QI no departamento de futebol do Santos do que a situação dos zagueiros do clube. Gil começou fora dos planos de Pedro Caixinha. Como os titulares, especialmente Zé Ivaldo (uma das contratações para a temporada), não renderam, Gil voltou ao time titular e Zé Ivaldo foi afastado.
Depois, com Cleber Xavier, Gil foi afastado e Zé Ivaldo, de afastado e de contrato quase rescindido, voltou ao time titular. Depois Gil voltou e, mais tarde, rescindiu o contrato. E o Santos correu para acertar com Adonis Frías e Alexis Duarte depois de atirar para todo lado.
Eu sempre defendo que a bola não entra por acaso.
Se agora quem dá a bola é o Santos, o time não sabe o que faz com ela.
O planejamento de Marcelo Teixeira para 2025 merece o rebaixamento. Está fazendo muita força para o rebaixamento. Talvez ele queira disputar a Série B de novo para conquistar mais um título (que não é garantido).
O rebaixamento do Santos para a Série B só não está sacramentado porque outros quatro times (os do Z4) e o Atlético-MG estão fazendo força para conseguirem esse “prêmio”.
Para mim está claro: o Santos só escapa do segundo rebaixamento se esses cinco times forem mais incompetentes nas rodadas finais. Por mérito próprio, podem esquecer.
O “Salvador da Pátria” ainda tem coragem de usar a hashtag “reconstrução “?
6×0 do vaxxxco, 3×0 do Mirassol, 3×0 do Ceará, viramos saco de pancada com uma folha salarial absurda para o nível deste time.
💯comentários sou torcedor do santos desde a era Edson Arantes do Nascimento e cia um santos respeitado agora não passa dum rele time de várzea
Triste ver o seu Time do coração, ser tão mal administrado, total falta de competência na gestão do clube, nos leva a essa situação vexatória, que os Deuses nos livrem de mais uma vergonha, pois somente eles, pois os que aí estão, já provaram que são incapazes.