Na vitória contra a Ponte Preta no meio da semana passada, o dedo do técnico Jair Ventura mudou a história do jogo. O Peixe perdia por 1 a 0 até o treinador colocar no segundo tempo Sasha e Rodrygo. Os dois atacantes entraram e marcaram no final da partida os gols da virada do Peixe em Campinas.

No final, Jair, como de costume, disse que o mérito era total dos jogadores e de todo o elenco, sem querer levar os louros pelo seu toque de mestre. Agora, se no Moisés Lucarelli o treinador foi o herói, na noite de domingo, no Pacaembu, no empate dramático de 1 a 1 com o time do Ituano, o técnico foi o vilão.

O time busca ritmo e com o pouco tempo que tem para treinar preservar Braz e Alison foi um erro. Ambos os jogadores estavam pendurados com dois amarelos e Jair não escalou os dois pensando no clássico de domingo contra o Palmeiras. Uma derrota em clássico sempre pode trazer pressão, mas não é um placar atípico. Agora empatar com o Ituano jogando em casa é! Foram dois pontos perdidos, além dos três já desperdiçados na Vila contra o Bragantino.

Burro Jair não é e sabe que pode custar caro esses pontos perdidos lá na frente. Nem teimoso, tanto que escutou os gritos da torcida e colocou Rodrygo em campo para buscar o empate no Pacaembu. Mas para muitos ou quase todos os torcedores, demorou também para botar o menino. O Peixe foi para o intervalo debaixo de vaias e com gritos de Rodrygo que ecoavam da arquibancada, mas o atacante só entrou na metade do segundo tempo.

Jair, após o empate, disse que quer um time mais equilibrado em campo, jogando bem os dois tempos. Para isso, precisa escalar o time titular, sem poupar, e com Rodrygo desde o primeiro minuto.