Por Raoni David, especial para o DIÁRIO DO PEIXE!
Sou péssimo em matemática. A ponto de um dos motivos por escolher a faculdade de jornalismo ser a suposta ausência dela no curso. Pura bobagem. Mas é só um exemplo do quanto não me dou bem com números. Quem me conhece sabe.
No entanto, arrisco dizer que um dos problemas do Santos -e de Jair Ventura em seu comando- é matemático. Antes de explicar, deixo claro que sou completamente contra qualquer movimento pela saída do treinador. Porém, Jair precisa acertar mais e, para tanto, é necessário que se debruce sobre o elenco e faça contas.
A conta, é simples, embora conte com uma boa dose de subjetividade e opinião.
Olhando o atual elenco de 30 jogadores santistas –de acordo com o último press kit divulgado pela assessoria de imprensa do clube antes do jogo contra o Paraná- e descontando os quatro goleiros, sobram 26 homens de linha. Destes, entendo eu que, 13 são nomes que caberiam em pelo menos 80% ou mais times da Série A do Campeonato Brasileiro.
Nomeio-os. Os quatro zagueiros (David Braz, Gustavo Henrique, Lucas Veríssimo e Luiz Felipe); três laterais (Daniel Guedes, Dodô e Victor Ferraz); um volante (Alison); e cinco atacantes (Arthur Gomes, Bruno Henrique, Gabriel, Rodrygo e Sasha).
Isto posto, penso que, independentemente do esquema de jogo, desde que tenham condições, os dez santistas que vão a campo devem sair destes 13 nomes. Se for preciso jogar com três destes quatro bons zagueiros que temos, qual o problema? Temos laterais com bastante qualidade ofensiva que ganhariam liberdade com este esquema.
E se precisar improvisar? Qual o problema em testar o lateral Victor Ferraz no meio de campo? Queiram ou não, seria titular de inúmeros times do Campeonato Brasileiro e estava completamente esquecido no Santos. Será que teria rendimento pior que Léo Citadini ou Jean Mota? Só um parêntese sobre os dois, podem até servir para compor elenco, entrar num jogo ou outro, jamais para serem titulares do time.
No ataque, os cinco supracitados têm muita qualidade. Bruno Henrique voltando definitivamente vai ajudar demais; Rodrygo é um craque em potencial; Arthur Gomes demonstra crescimento absurdo e muita personalidade; Sasha tem muita disposição e se não esbanja qualidade técnica, compensa com muita inteligência; enquanto Gabriel vivia fase péssima, também por culpa do treinador.
Fico muito à vontade a falar sobre isso por que, mesmo com o gol que deu ao Santos a vitória contra o São Paulo no Morumbi, critiquei o posicionamento de Sasha e Gabriel, invertidos na minha visão. Na ocasião, Sasha foi à ponta direita e cruzou para o camisa 10, centralizado, marcar.
Pois entendo que Jair vinha errando. Gabriel tem qualidade técnica, tem criatividade e boa finalização. Seu melhor momento foi atuando aberto com Ricardo Oliveira centralizado. Precisa ter liberdade para atuar e não ficar enfiado na zaga adversária, entre zagueiros, brigando com eles por espaço.
Isso, quem pode fazer é Eduardo Sasha. Com menos técnica, mas muita disposição e inteligência pra se posicionar, o gaúcho teria maior sucesso nessa função, inclusive abrindo espaço na área com essa disputa para que Gabriel, Rodrygo, Bruno Henrique ou Arthur Gomes apareçam de trás.
Em que pese a fragilidade de Luverdense e Paraná, Gabriel evoluiu demais desde que tem atuado mais solto no ataque. Foram cinco gols nestes dois jogos.
Resumindo: os melhores do elenco devem jogar. Esquema à parte. Para o clássico, tendo Bruno Henrique à disposição iria com Vanderlei; Luiz Felipe, Lucas Veríssimo e David Braz; Daniel Guedes, Victor Ferraz, Alison e Dodô; Bruno Henrique, Rodrygo, Gabriel e Sasha.
Gostei do tema exposto e principalmente a sua sinceridade sobre matemática, podemos perceber isso na escalação com 12 jogadores em campo.
Quando você escala um time que tem BraZ e Ferraz ,com Gustavo Henrique fora.eu ja peço licencia para discordar.
Gosto da ideia de tres zagueiros com mais liberdade para os nossos laterais que são muito bons no ataque.
Gostei da ideia é a tempos defenso aideoa de que V. Ferraz pode ser volante com boa chehada na frente.
Pelo título imaginei ser outro assunto.
Mas gostei muito desta matéria bem escrita bem explicada, opiniões e subjetividade a parte penso bem semelhante a ti.
Tem que parar de pensar em trocar técnico, presidente e contratar argentino a toda hora, temos que se virar com o que tem.
Penso muito em 4 no meio c dois volantes firmes onde o D. Braz voluntarioso seria um falso volante bem na frente da zaga quase um terceiro zagueiro, adiantando o Alison e poderiamos ter um meia próximo aos atacantes até um Vecchio da vida e os laterais c mais liberdade.