Por Raoni David, especial para o DIÁRIO DO PEIXE.
Não é que Jair Ventura não esteja usando os meninos da base. Está. E bem. Foram seis no clássico contra o Palmeiras, oito diante do São Paulo e sete contra o Corinthians. No total, 11 Meninos da Vila já foram mandados à campo neste Paulistão em que o Santos faz a segunda melhor campanha do torneio. Ótimo, Jair.
Porém, muitos destes meninos, inclusive Vitor Bueno (que não é revelação santista) estão pedindo espaço entre os titulares ou, pelo menos, mais frequência na equipe, que seja entrando no decorrer dos jogos, por exemplo.
Com o bom desempenho de Eduardo Sasha e as titularidades incontestáveis de Gabriel e Bruno Henrique (quando este voltar da lesão no olho), Jair terá ótimo problema para resolver: como dar sequência ao bom início de temporada de Arthur Gomes e Rodrygo, além de Diogo Vitor, motivado e confiante após o gol de empate no clássico? E ainda tem o Vitor Bueno, potencial titular na meia com este trio ofensivo citado acima.
Resumindo onde quero chegar: não há motivos para Copete e Vecchio ter lugar cativo no time santista. Em que pese o primeiro ser o maior artilheiro estrangeiro da história do Peixe e o segundo ser o principal assistente deste Paulistão (são 3 passes para gol) está nítido que com essa molecada crescendo, não tem lugar para eles no bonde. Assim como não há espaço para outros que oneram nossa folha salarial como Rodrigão, Leandro Donizete, Rafael Longuine e até o pobre Romário, que mal chegou.
Jair tem dito, com propriedade, que precisa conhecer o elenco, fazer testes para saber com quem pode contar na sequência da temporada. Isso é válido demais e, talvez, Copete e Vecchio sejam úteis ao elenco considerando a longa temporada. Porém, não jogam o suficiente para tomar tanto espaço de Vitor Bueno, Rodrygo, Arthur Gomes, Diogo Vitor, Yuri Alberto, Léo Cittadini, Jean Mota, Guilherme Nunes, Matheus Jesus, Calabres, Diego Pituca, Fernando Medeiros, Lucas Lourenço, Victor Yan…
“Ah, mas temos que ter calma, são só meninos”.
Sim, até são apenas meninos. Mas antes de ter calma com eles, precisamos dar oportunidade. Considerando que quem teve chance correspondeu e, levando em conta que temos uma espinha dorsal experiente, vejo com bons olhos a maior utilização de alguns destes meninos em detrimento da dupla estrangeira que já teve tempo suficiente para mostrar o quanto não servem para o Santos.
Além destes faltou citar o Renato, que não merece mais a titularidade.
Infelizmente, temos que admitir que o meio campo fica melhor sem o Renato.
Renato pode ser ultil entrando no segundo tempo em momentos que o Santos precisa cadenciar o jogo e premder a bola.