Rueda participou da reunião em São Paulo (Crédito: Rodrigo Corsi/FPF)

O presidente do Santos, Andres Rueda, esteve na sede da FPF na manhã desta terça-feira (28) para a Assembleia Geral Extraordinária organizada pela Liga do Futebol Brasileiro (Libra). O encontro teve como finalidade uma votação para uma nova forma de divisão de receitas.

Por unanimidade, os clubes aprovaram esse novo ajuste no formato de divisão de receitas em seu Estatuto, e agora ficam mais próximo ao que o outro bloco de clubes formados pela Liga Forte Futebol do Brasil (LFF) pede.

O novo formato de divisão entre as equipes da Série A prevê um modelo onde 45% do total das receitas será distribuído de forma igualitária entre os clubes, 30% medidos pela performance e os outros 25% por engajamento, onde será considerada apenas a audiência ponderada. O resultado da aplicação deste modelo faz com que a diferença entre o 1˚ e 20˚ colocados numa futura Liga do Futebol Brasileiro chegue a, no máximo, 3,4x.

Este patamar será atingido após um período de transição de cinco anos, ou até que a futura Liga atinja R$ 4bi de receitas, o que vier primeiro. Até lá, a divisão será distribuída em 40% de forma igualitária, 30% por performance e os outros 30% por engajamento, novamente considerando apenas a audiência ponderada.

Além da aprovação dos ajustes no formato de distribuição de receitas entre os clubes na Série A, também foi confirmado em votação o mecanismo que reserva 15% da receita total para a Série B do Campeonato Brasileiro.

Com os ajustes aprovados, membros da Libra também criaram um Comitê para apresentar o novo modelo às equipes que ainda não fazem parte do grupo. Seis representantes foram eleitos para esta responsabilidade: Alberto Guerra (Grêmio), Duílio Monteiro (Corinthians), Gabriel Lima (Cruzeiro), Guilherme Bellintani (Bahia), Rodolpho Landim (Flamengo) e Thairo Arruda (Botafogo).

Ainda durante a AGE, os presentes aproveitaram para avançar nos debates acerca dos contratos apresentados pelo Mubadala Capital. A empresa global de gestão de ativos, que propôs comprar 20% dos direitos comerciais da futura Liga do Futebol Brasileiro por R$4,75bi, já apresentou as regras de governança, compliance e possíveis prazos de pagamentos para os membros da Libra.

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