
José Carlos Peres tem mandato até o final deste ano (Crédito: Divulgação)
O presidente José Carlos Peres sofreu mais uma dura derrota no Conselho Deliberativo. O dirigente teve as contas de 2019 reprovadas pela segunda vez e pode enfrentar mais um processo de impeachment. Na reunião virtual realizada na noite desta segunda-feira, foram 170 votos reprovando as contas, contra três a favor. Ocorreram outras três abstenções.
O parecer que pedia a reprovação afirma que o presidente confirmou o uso do cartão corporativo para fins pessoais, não explicou o pagamento de intermediação da venda de Bruno Henrique ao filho do empresário Renato Duprat, além de outros pontos já citados anteriormente, como o não pagamento da parcela do acordo com a Doyen em setembro do ano passado.
Com o parecer aprovado, o caso será enviado para a CIS (Comissão de Inquérito e Sindicância), sem o afastamento do presidente, nem de membros do Comitê de Gestão, mas pode ser aberto um novo processo de impeachment do presidente José Carlos Peres por gestão temerária. O ritual, no entanto, é longo.
De acordo com o artigo 69 do Estatuto social, o presidente do CD encaminhará um possível pedido de impeachment para a CIS em até 5 dias após o recebimento. A CIS, por sua vez, tem cinco dias para citar o presidente. José Carlos Peres teria, então, 10 dias após a citação para apresentar a sua defesa. A Comissão de Inquérito e Sindicância teria mais sete dias para emitir o seu parecer.
Caso o parecer da CIS peça o impeachment, o Conselho Deliberativo precisa ser convocado para votar o pedido. A convocação precisa ser feita ao menos três dias úteis antes da data da encontro. Para ser aprovado, o pedido de impeachment precisaria de aprovação de dois terços dos conselheiros presentes. Nesse caso, o presidente seria afastado até a assembleia de sócios, que deveria ser marcada em até 60 dias.
Esse presidente conseguiu falir o clube que já estava na uti. Parabéns dinossauro por essa conquista.