
Presidente da Fifa esteve no velório do Rei Pelé (Crédito: Ivan Storti/SantosFC)
Filha do Rei Pelé, Kelly Nascimento se manifestou nesta segunda-feira sobre o mais recente caso de racismo sofrido pelo atacante brasileiro Vinícius Jr na partida entre Valencia e Real Madrid neste domingo. O Santos e clubes de todo mundo manifestaram apoio ao jogador.
Kelly citou casos de racismos sofrido por Pelé e pediu uma punição aos clubes e torcedores que se manifestarem de forma racista como uma grande homenagem ao Rei.
“Ele (Vinícius Jr) está sofrendo o tipo de racismo que meu pai sofria em 1958 e não mudou. Eu queria fazer uma proposta. Tem tanta gente querendo homenagear meu pai. No velório do meu pai, o Gianni Infantino, presidente da Fifa, falou que pediria para cad país dedicar um estádio com o nome do país. Isso me emocionou, eu acho o máximo, mas não é suficiente. As pessoas não fazem isso porque são racistas, elas fazem porque elas podem. A Fifa pode acabar com os atos racistas dentro dos campos. Multa não adianta. Tem de ter consequências que tem a ver com o jogo, com o time. Quem quiser fazer alguma coisa para homenagear meu pai, vamos fazer algo sobre esse racismo. Vamos homenagear meu pai de uma forma concreta”, afirmou Kelly Nascimento.
Nesta segunda, também em uma publicação nas redes sociais, Gianni Infantino também cobrou punição aos responsáveis pelos ataques racistas ao atacante Vinícius Jr, mas a Fifa ainda não tomou qualquer medida para esse caso específico.
“Eu acho totalmente inaceitável que eu possa postar este vídeo do que disse no Congresso da Fifa em março de 2023 – dois meses atrás! – sobre o que deveria acontecer no campo de futebol e esta mensagem é ainda mais relevante hoje do que quando disse. Isso é loucura! Agora, eu quero deixar claro que não há espaço para racismo ou qualquer forma de discriminação – no futebol e na sociedade. Parem de falar, comecem a agir”, afirmou.
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Enquanto a impunidade persistir, os criminosos continuarão fazendo o que bem entendem no seu modo primitivo de ser, isso vale para tudo, não apenas ao racismo.