
Alessandro Cambalhota foi ídolo da torcida do Santos na década de 90 (CRédito: Reprodução)
*Por Fernando Ribeiro e Vinícius Cabral, especial para o DIÁRIO DO PEIXE
A temporada de 1996 foi um tanto quanto triste para o torcedor santista. No primeiro semestre a equipe ainda mostrou parte do futebol que encantou o país no ano anterior. Giovanni foi artilheiro do Paulistão, mas foi para a Europa na sequência e o time fez um segundo semestre abaixo da crítica.
Um dos raros momentos de alegria aconteceu em São Januário, quando o Peixe bateu o Vasco por 2 a 1 e praticamente garantiu permanência na primeira divisão do ano seguinte. Brigando na parte de baixo da tabela, o Santos foi a campo com um traje pouco usual: camiseta listrada e o icônico shorts quadriculado.
No papel o time era bom e contava com alguns grandes nomes de nossa história. Logo aos cinco minutos, Alessandro aproveitou rebote de seu próprio chute e marcou sem ângulo. Cambalhota na comemoração. No início da segunda etapa, Jamelli ampliou em chute colocado após jogada de Alessandro. Na sequência a lei do ex funcionou e Ranielli descontou para os donos da casa, colocando números finais na partida.
FICHA TÉCNICA
Campeonato Brasileiro de 1996
Vasco da Gama 1×2 Santos
Data: 07 de novembro de 1996
Local: São Januário, no Rio de Janeiro (RJ)
Público: 2.750 pagantes
Renda: R$ 29.740,00
Árbitro: Wilson de Souza Mendonça (PE)
Gols: Alessandro aos 5 do primeiro tempo e Jamelli aos 6 do segundo;Ranielli aos 11 do segundo tempo
Santos: Edinho; Vágner, Sandro, Daniel e Robert; Marcos Assunção, Élder, Carlinhos e Jamelli (Cuca); Alessandro (Andradina) e Camanducaia. Técnico: Orlando Amarelo
Vasco: Caetano; Pimentel, Tinho, João Luis e Felipe; Luisinho (Pedro Renato), Nelson, Juninho e Ramon; Edmundo e Macedo (Ranielli). Técnico: Antonio Lopes
*A série Jogos para sempre será publicada sempre para resgatar um confronto inesquecível entre o Santos e seu próximo adversário.
O time daquela época também não era lá essas coisas. Tinha apenas o Robert, o Marcos Assunção e o Jamelli, o resto era o resto (Alessandro e Camanducaia às vezes tinham uns lampejos). No Santos FC de hoje, Marcos Assunção, Jamelli e Robert jogariam tranquilamente no meio de campo. Não temos um volante, um meia atacante é um armador do nível desses três. Alisson, Sandry e Pituca seriam, quando muito, lustradores de banco.