Gabriel Barbosa tem contrato com o Cruzeiro até o fim de 2028 (Foto: Divulgação / Cruzeiro)

O presidente do Santos, Marcelo Teixeira, indicou que o clube não deve avançar, neste momento, na tentativa de contratar o atacante Gabigol. Em entrevista à ESPN, o dirigente explicou que o cenário atual é diferente daquele vivido no início da temporada, quando o jogador deixou o Flamengo e acabou optando pelo Cruzeiro.

Segundo Teixeira, a contratação de Gabigol chegou a ser prioridade antes mesmo do retorno de Neymar ao clube. O Santos, à época, apresentou uma proposta considerada agressiva dentro do mercado, mas o atacante preferiu seguir para Belo Horizonte em busca de um calendário com mais competições. Para o presidente, o contexto mudou desde então.

“A prioridade era a vinda dele, antes do Neymar. Era importante para o Santos contar com ele. Fizemos uma proposta ousada, de mercado. Ele escolheu o Cruzeiro para disputar mais competições. Hoje é uma outra realidade”, afirmou Marcelo Teixeira.

O dirigente ressaltou a identificação do atacante com o clube, mas deixou claro que as atuais condições financeiras do Santos não permitem acompanhar as cifras discutidas nos bastidores. De acordo com ele, a diferença entre a pedida do jogador e a capacidade de investimento do clube inviabiliza qualquer avanço imediato.

“Ele é um bom jogador, identificado com o Santos. Mas a prioridade de investimento não é a mesma. Quando você abre uma conversa e você nota que a pretensão continua sendo em um nível maior, o Santos não tem condições. Não há como prosseguir com a negociação. Poderíamos fazer uma proposta em uma realidade financeira de hoje”, completou.

Com isso, o Santos adota uma postura mais cautelosa no mercado e prioriza ajustes dentro do planejamento financeiro para a próxima temporada, sem tratar Gabigol como alvo imediato.

O Diário do Peixe, o novo técnico do Cruzeiro, Tite, não conta com Gabigol em seu planejamento. O presidente do clube mineiro, Pedrinho, também estaria insatisfeito com os episódios recentes e não deve criar obstáculos para a saída do atleta.

Mesmo assim, o salário segue como o maior entrave. O Santos apresentou uma proposta na casa de R$ 1,5 milhão mensais, enquanto o estafe do jogador trabalha com uma pedida próxima de R$ 2,5 milhões. Diante dessa diferença, o clube paulista adota cautela e não descarta recuar momentaneamente nas conversas.