Marcelo Teixeira surpreende e diz que estuda manter jogos em Santos durante obras da Arena

Marcelo Teixeira diz que estuda manter jogos em Santos durante obras da Arena (Crédito: Henrique Teixeira)

Em coletiva após o anúncio oficial da aprovação do projeto da nova Arena do Santos, o presidente Marcelo Teixeira surpreendeu ao afirmar que o clube estuda alternativas para manter parte de seus jogos na cidade de Santos, mesmo durante o período de demolição da atual Vila Belmiro e construção do novo estádio. A possibilidade, que ainda não está formalizada, foi revelada publicamente pela primeira vez na cerimônia realizada nesta sexta-feira (8), no Palácio José Bonifácio.

“E vou além, conversando com o deputado, conversando com o comitê de gestão, com a própria mesa do conselho, nós estamos estudando algumas possibilidades também, com referência aos estádios ativizantes. E não há nada concreto, não há nada definido, até porque nós também não temos um plano, e nem que um pouco conversamos, no caso com a Portuguesa Santista, com o Jabaquara, mas nós temos a chance de estudar um plano, um projeto, verificar o investimento, e também ao mesmo tempo encontrar em comum, nesses estádios, a possibilidade de nós criarmos uma estrutura retrátil. Uma estrutura móvel, uma estrutura onde você aumente a capacidade desses estádios e o Santos ter a possibilidade de continuar mandando alguns jogos na cidade. Não há nada definido, mas é uma possibilidade que nós estamos estudando e em breve no futuro nós conversaremos com esses clubes”, afirmou Marcelo Teixeira.

A fala do presidente causou surpresa entre os presentes na cerimônia. Até então, a expectativa era de que o clube mandasse todas as suas partidas fora de Santos durante o período de obras da nova Vila Belmiro.

Inclusive, o Santos já possui um entendimento para utilizar a Mercado Livre Arena Pacaembu como casa temporária durante as obras, e também não descarta a realização de partidas em outros estádios da capital paulista, como já ocorreu ao longo de 2025 com acordos pontuais firmados para jogos no Allianz Parque e no Morumbis.

O clube também avalia mandar partidas no interior do estado e até fora de São Paulo, buscando ampliar sua presença nacional. No entanto, a possibilidade de ainda atuar em solo santista, mesmo que de forma parcial ou pontual, representa um novo elemento no planejamento do período de transição.

Como dito pelo presidente, isso poderia ocorrer nos estádios dos clubes Jabaquara e Portuguesa Santista. O estádio do primeiro, o Espanha, atualmente recebe esporadicamente jogos das categorias de base e da equipe feminina, e tem capacidade para cerca de 7 mil pessoas. Já o estádio da Briosa, localizado do outro lado do canal e próximo à Vila Belmiro, possui capacidade semelhante. Por isso, o mandatário falou na possibilidade de implantar estruturas móveis para ampliar a capacidade desses locais.

A nova arena será erguida no mesmo terreno do atual Estádio Urbano Caldeira, na Vila Belmiro, e terá capacidade para 30 mil pessoas. O projeto prevê quatro setores principais – arquibancada, arquibancada superior, deck premium e camarotes – além de áreas comerciais, estacionamento próprio, restaurantes, coworkings e um Memorial das Conquistas modernizado, com destaque para os ídolos do clube e, em especial, Pelé. A previsão é que a construção leve entre 36 e 42 meses, a partir do início das obras, com um investimento total estimado em R$ 700 milhões.