O que define as estrelas de um hotel” não é um mistério, nem um capricho de marketing. Em geral, a pontuação traduz a soma de requisitos mínimos e diferenciais de qualidade — de infraestrutura e serviços a sustentabilidade — validados por órgãos oficiais ou entidades reconhecidas do setor. Em outras palavras: a estrela é um atalho confiável para entender o padrão daquela hospedagem.

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Nos hotéis, a escala costuma ir de uma a cinco estrelas, mas cada país pode adotar regras próprias e listas de critérios distintas. Por isso, a mesma categoria pode exigir itens diferentes em destinos diferentes, embora a lógica seja a mesma: quanto mais serviços, conforto, segurança e consistência, mais alta a classificação.

Critérios: o que caracteriza as estrelas de um hotel

Quando falamos em “o que caracteriza as estrelas de um hotel”, pense em uma matriz que combina requisitos obrigatórios e pontos opcionais. No Brasil, o SBClass (Sistema Brasileiro de Classificação de Meios de Hospedagem), do Ministério do Turismo em parceria com o Inmetro, avalia desde a estrutura e os equipamentos até serviços, acessibilidade e práticas de sustentabilidade.

Principais dimensões avaliadas

  • Infraestrutura: tamanho do quarto, qualidade das camas, isolamento acústico, elevadores, áreas comuns.
  • Serviços e atendimento: recepção (horário de funcionamento), arrumação diária, concierge, mensageiro, room service.
  • Alimentos e bebidas: café da manhã, bares e restaurantes no local e sua variedade.
  • Segurança e acessibilidade: rotas de fuga, sinalização, facilidades para pessoas com deficiência.
  • Sustentabilidade e qualidade: gestão de resíduos, eficiência e processos auditados periodicamente.

Em resorts brasileiros, por exemplo, a matriz exige múltiplas piscinas, bares e restaurantes, além de serviços acessórios (como salão de beleza e babá) e ações de sustentabilidade. Esses atributos ajudam a diferenciar a quarta da quinta estrela.

Quem define as estrelas de um hotel no Brasil

“Quem define as estrelas de um hotel” por aqui é o Ministério do Turismo, que instituiu o SBClass por portaria e detém o uso exclusivo do símbolo de estrela como marca oficial de classificação. A marca cobre sete tipologias — hotel, resort, hotel-fazenda, cama e café, hotel histórico, pousada e flat/apart-hotel — cada uma com faixas próprias de estrelas.

Importante: a adesão ao SBClass é voluntária, mas, quando o hotel participa, precisa cumprir as matrizes de requisitos e usar a comunicação de estrelas conforme o padrão oficial. É por isso que você verá empreendimentos anunciando a categoria com base no SBClass e outros optando por não participar do sistema.

O que diferencia 3, 4 e 5 estrelas na prática

A passagem de três para quatro estrelas costuma exigir maior amplitude de serviços (por exemplo, recepção por mais horas, opções de lazer) e mais conforto no quarto; a quinta estrela geralmente inclui serviços de alto padrão, como concierge e turndown service, além de quartos maiores e melhor equipados.

Em modelos internacionais, como o europeu Hotelstars, a progressão é por pontos com itens obrigatórios e opcionais, checados periodicamente.

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E no resto do mundo

Na Europa, 21 países adotam o Hotelstars Union, um esquema harmonizado que atualizou seus critérios 2025–2030 para refletir tecnologia e sustentabilidade. A classificação é transparente, baseada em pontos e com auditorias que dão previsibilidade ao viajante que cruza fronteiras.

Já no segmento de luxo global, o Forbes Travel Guide concede de 3 a 5 estrelas após inspeções independentes focadas em serviço e experiência, e publica anualmente seus vencedores — um selo reconhecido, mas privado (não governamental). Serve como referência de excelência, sobretudo no topo da pirâmide.

Como usar as estrelas a seu favor

  • Verifique a fonte: no Brasil, procure a marca oficial do SBClass (quando houver) e desconfie de “autoatribuições”. Na Europa, hotéis dos países membros exibem o selo Hotel Stars.
  • Cruze com avaliações dos hóspedes: estrelas oficiais medem padrão e serviços; as notas de usuários refletem experiência percebida. Plataformas já mostram, em alguns países, a classificação oficial ao lado das reviews.
  • Foque no que importa para você: academia, estacionamento, acessibilidade, berço, 24h de recepção… são itens que variam por categoria e impactam sua estadia.
  • Considere o tipo de meio de hospedagem: um hotel 5 estrelas não é igual a uma pousada 5 estrelas; cada tipologia tem matriz própria.
  • Cuidado com promessas fora do padrão: a imensa maioria dos sistemas oficiais no mundo trabalha até cinco estrelas; acima disso, é marketing, não norma.

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Um exemplo prático

Se você busca um resort all inclusive no Brasil e faz questão de lazer completo, um 4 estrelas pelo SBClass já demanda múltiplas piscinas e bares; se quer mais variedade gastronômica e serviços premium, o 5 estrelas amplia essa oferta. Esse tipo de clareza reduz surpresas na chegada.

No fim, “o que define as estrelas de um hotel” é a soma entre requisitos verificáveis e padrões de serviço coerentes com cada categoria. Use a classificação oficial como bússola, complemente com avaliações recentes e foque nos atributos que fazem diferença para a sua viagem — assim, você transforma as estrelas em escolhas melhores e mais conscientes