
Renato é diretor técnico do clube (Crédito: Ivan Storti/Santos FC)
Com negociações envolvendo Cazares, Elias, entre outros nomes, aumentaram as esperanças do torcedor santista de o clube acertar as contas com o Hamburgo e conseguir a liberação da Fifa para voltar a registrar contratações. O diretor técnico do Peixe, o ídolo Renato, deu entrevista ao Blog Soul Santista, falando sobre as prioridades financeiras e da necessidade de conseguir fazer pelo menos uma venda.
“A gente está pendente de uma venda, de algum jogador. Essa pandemia acabou afetando não só o Santos. A prioridade do presidente é estar quitando a dívida com os jogadores e buscar um acordo em relação ao Hamburgo, para que o Santos possa se reforçar. Ir ao mercado, procurando agregar qualidade ao elenco. Ele (Peres) está correndo atrás para esse acordo, mas o importante é pagar a dívida com os jogadores e funcionários”.
No orçamento para o ano de 2020, está um estipulado R$ 77 milhões em vendas, sendo que a proposta inicial da diretoria era de R$ 140 milhões. Até agora, o Santos vendeu Eduardo Sasha (1,5 milhão de euros) e Porozo (500 mil euros). Também conseguiu receber dinheiro por Robson Bambu (R$ 7 milhões) e Vecchio (US$ 600 mil).
Os nomes de Lucas Veríssimo, Soteldo e Kaio Jorge foram muito especulados em clubes europeus, mas o mercado deu uma esfriada para os atletas. As janelas nas principais ligas se encerram em pouco mais de um mês, a última a fechar é na Inglaterra, no dia 16 de outubro.
Para conseguir o desbloqueio na Fifa e poder registrar reforços, o Santos precisa se acertar com o Hamburgo (Alemanha), em relação ao negócio envolvendo o zagueiro Cléber Reis. A dívida está em torno de R$ 30 milhões. O clube está otimista por um acordo.
O problema nem é a impossibilidade contratar, mas de sofrer a perda de pontos no campeonato, o que pode significar o rebaixamento e, com isso, menos verba publicitária,menos menos dinheiro da televisão. A proibição de contratar até parece positiva diante de uma diretoria que já mostrou que não entende nada de futebol. As contratações de Bryan Ruiz, Cueva, Uribe, a compra de 50% do Sasha, não deixam dúvidas de como essa turma é ruim na administração de dinheiro. O problema é vender um jogador bom (o que é raro nesse elenco) e, com a liberação da FIFA, trazer jogador em fim de carreira com salário europeu, pois aí vai ficar pior do que já está. Por exemplo, se vender o Marinho que é um dos poucos que está jogando alguma coisa e trazer um Elias, um Robinho, um Ricardo Oliveira, vai se desfazer de um jogador útil e apostar na recuperação de ex-jogadores, pois estes foram dispensados de seus últimos clubes (ou seja, não estão jogando nada). O Santos FC precisa equilibrar as contas, de modo que não pode se desfazer de um jogador que tem mercado para bancar salário de jogador que está sem clube (aposentados). Medalhões em fim de carreira nunca deram certo. Depois, vão ficar desesperados para subir moleques da base, queimando etapas, na esperança de encontrar algum raio de 16 anos que salve o time em campo e, com venda, tire o clube do vermelho no caixa, o que, todo mundo sabe, não acontece todo dia.
Inacreditável, R$ 30 milhões (apesar de juros e multas) por um zagueiro mediano, qualquer bom atacante custa isto ou compra-se dez bons zagueiros na série B, agora a porteira já foi arrombada, é pagar ou perder pontos que dificilmente serão recuperados, encaminhando uma série B. Só a título de curiosidade, Léo Gamalho parece ser o melhor atacante no momento e não vejo nenhum time de ponta atrás dele.