Marcelo Teixeira iniciou sua atua gestão em janeiro de 2024 (Crédito: Raul Baretta/Santos FC)

O Santos realizou mais uma operação de antecipação de receitas futuras, levantando R$ 18 milhões junto ao banco Daycoval. Essa é a segunda vez no ano que o clube toma essa medida, somando R$ 38 milhões com a antecipação anterior feita em julho.

A dificuldade financeira do clube não é recente, apesar das vendas recentes de jogadores que geraram mais de R$ 200 milhões em 2024. No entanto, como essas transações são parceladas, o Santos não recebe todo o valor de imediato, o que exige antecipações para manter as contas equilibradas.

Além disso, parte do dinheiro obtido com as vendas foi destinada a cobrir dívidas antigas, despesas trabalhistas e também evitar punições como o transferban, enquanto o restante é usado para pagar salários e prevenir complicações financeiras maiores.

O DIÁRIO apurou que o Santos enfrenta problemas desde o primeiro trimestre de 2024, devido aos acordos que o clube precisou fazer com ex-jogadores e técnicos para não sofrer transferban. Com isso, a diretoria vem planejando medidas para cobrir déficits no fluxo de caixa. A antecipação recente foi necessária para evitar uma crise maior, já que o clube correu o risco de não conseguir honrar seus compromissos no mês de setembro.

A gestão de Marcelo Teixeira começou em janeiro deste ano, herdando o déficit deixado pela administração anterior, que comprometeu receitas futuras, como o adiantamento de R$ 30 milhões referentes ao Campeonato Paulista de 2024.

Agora, o Alvinegro Praiano espera obter novos recursos com as vendas de Ângelo e Marcos Leonardo, que estão sendo negociados por seus clubes europeus com o Mundo Árabe, já que o Santos lucrará por ser o clube formador. Além disso, o clube receberá uma parte da negociação de Arthur Gomes, do Cruzeiro para o Dínamo de Moscou, pelo mesmo motivo.

Durante a última janela de transferências, o Santos também vendeu Lucas Pires ao Burnley por R$ 15,5 milhões, Weslley Patati ao Maccabi Tel Aviv por R$ 8 milhões e o zagueiro Joaquim ao Tigres, do México, por R$ 45,1 milhões. Com os valores que ainda entrarão no caixa devido a essas vendas, a diretoria espera ter o montante necessário para quitar os R$ 38 milhões adiantados.