Pedro Caixinha foi demitido no dia 14 de abril (Crédito: Raul Baretta/Santos FC)

O desligamento de Pedro Caixinha do Santos ainda não foi resolvido de forma oficial entre as partes. O Diário do Peixe apurou que o treinador português e seu estafe não assinaram a rescisão de contrato e ameaçam acionar a Justiça caso o clube não realize o pagamento integral da multa até o dia 2 de maio.

O valor da rescisão gira em torno de 3 milhões de euros. O Santos tenta negociar o pagamento de forma parcelada, em até três anos, mas ouviu uma negativa inicial na semana passada. Ainda assim, insistiu na proposta e, sem nova resposta, optou por formalizar a saída do técnico de maneira unilateral, acionando o departamento jurídico.

O clube registrou a rescisão no Boletim Informativo Diário (BID) da CBF na tarde desta terça-feira (29), sem a assinatura do distrato por parte do técnico. A atitude surpreendeu Caixinha e seus representantes, que foram informados da decisão pela imprensa. Eles alegam que, ao seguir com o registro sem acordo, o Santos teria infringido normas da CBF.

Já a diretoria santista defende que não há impedimento jurídico para oficializar a saída no BID e concluir a regularização do novo treinador, Cléber Xavier. Internamente, o clube considera a postura do estafe do português como inflexível e acredita estar sendo dificultada a transição para a nova comissão técnica.

A comissão de Caixinha afirma que havia um compromisso firmado com o clube em janeiro, no momento da contratação, prevendo o pagamento integral da multa em até dez dias após uma eventual demissão. Como isso não foi cumprido, aguarda a quitação imediata até o dia 2 de maio. Caso contrário, o caso será levado à Justiça.