Vojvoda conquista sexto jogo de invencibilidade consecutivo com o Santos (Foto: Lucas Barros / Diário do Peixe)

Após a vitória por 3 a 0 sobre o Cruzeiro, que selou a permanência do Santos na Série A e a classificação para a Copa Sul-Americana, o técnico Juan Pablo Vojvoda fez uma análise ampla da temporada e do momento vivido pelo clube. O treinador afirmou que o mais importante a ser valorizado vai além do resultado da última rodada.

“Não sei se é para analisar apenas o jogo de hoje ou o ano inteiro. Tudo aquilo que pode ser enumerado é o que precisa ficar agora. Fica, primeiro, o compromisso dos jogadores em momentos difíceis. Foi um momento complicado para cada um deles, e eu fico com esse compromisso mostrado”, disse.

Vojvoda ressaltou que esse comprometimento só foi possível graças a uma estrutura organizacional que funcionou mesmo sob pressão. Segundo ele, a organização interna foi decisiva para que o time não perdesse o foco ao longo da campanha.

“Para conseguir esse compromisso, também precisamos de organização, e essa organização vem de cima para baixo. Quero agradecer, nos momentos difíceis, à diretoria, ao Marcelo Teixeira, ao Alejandro e a todos que estiveram sempre perto. O Santos é um clube muito grande, de marca mundial, e nos momentos ruins essa organização precisa ser ainda mais forte”, afirmou.

O treinador também destacou a importância de manter o equilíbrio emocional e o apoio coletivo durante a luta contra o rebaixamento. Ele lembrou do envolvimento da torcida, do ambiente no CT e até da relação com a imprensa nesse período decisivo.

“Tem que ficar esse compromisso e essa organização para, nos momentos difíceis, não perder a cabeça. Tivemos momentos em que chamamos a torcida porque precisávamos dela. Recebemos apoio no CT, chamamos todos, inclusive a imprensa. Precisávamos da união de todos nos momentos difíceis”, pontuou.

Por fim, Vojvoda explicou por que optou por não antecipar discussões sobre o futuro enquanto o objetivo da temporada não estivesse cumprido. Para ele, a prioridade absoluta era garantir a permanência do clube na Série A.

“Se queremos planejar o futuro, precisamos começar por uma base, e essa base é a união. Sabendo que este ano foi difícil e que chegamos até a última rodada obrigados a lutar contra o rebaixamento. Conseguimos com trabalho e seriedade. Eu não quis desviar minha energia para o próximo ano enquanto isso não estava resolvido. A diretoria me deu tranquilidade para fechar este ano primeiro. Agora, sim, vamos planejar o próximo como um clube grande, como é o Santos, aceitando a exigência que sempre vai existir”, concluiu.

Com o triunfo na Vila Belmiro, o Santos encerrou o Campeonato Brasileiro com 47 pontos, na 12ª colocação. A equipe confirmou a permanência na Série A, garantiu vaga na Copa Sul-Americana e ainda terminou à frente do Corinthians pelo critério de saldo de gols, após a conclusão da 38ª e última rodada da competição.