Qual o Santos de 2018: o que venceu bem o Ceará na estreia no Brasileirão e deu show diante do Estudiantes na Vila ou o que praticamente não entrou em campo contra o Bahia e contra o Nacional no Uruguai?

A pergunta se refere apenas aos quatro últimos jogos da equipe na temporada, mas poderíamos lembrar também a vitória sobre o Palmeiras nas semifinais do Paulistão ou o jogo contra o Real Garcilaso no Peru, o empate contra o Corinthians ou os empates contra o Botafogo-SP.

A verdade é que o Santos de 2018 é um time bipolar. Pode jogar muito bem e ao mesmo tempo jogar muito mal. O pior é que o torcedor quase nunca sabe o que esperar.

Na verdade, até sabe. Fora de casa o Santos vai sofrer. E vai sofrer porque entra em campo com essa proposta, a de explorar os contra-ataques e jogar por uma bola (mesmo que o técnico Jair Ventura liste o alto número de atacantes em campo).

Vejamos a Libertadores. Contra Real Garcilaso e Nacional, fora de casa, o Santos não conseguiu criar uma jogada de perigo. Contra o Estudiantes, na Argentina, criou uma, fez o gol e contou com milagres de Vanderlei para conseguir uma vitória. Já em casa ganhou bem do Nacional com um a menos e passou fácil pelo Estudiantes.

Contra o Bahia também jogamos por uma bola, não encontramos e tomamos um castigo no final do jogo. Como diria o Muricy Ramalho, a bola pune.

Enquanto o Santos não tiver outra proposta, vai ser muito punido ainda. Vai continuar sendo esse time bipolar, que joga bem em casa e mal fora.

Ah, e temos propostas pelo Léo Cittadini. O Santos pode embrulhar em papel de presente, gravar um vídeo de agradecimento na Santos TV e até logo mais.

O Jean Mota poderia ir junto.