Jorge Sampaoli é, provavelmente, o melhor técnico do Santos da última década, provavelmente um dos melhores deste século, mas o Santos é muito maior que ele e pode seguir com um caminho de sucesso mesmo que o treinador deixe o clube no final do ano.
Um ano que poderia ter sido melhor se Sampaoli não tivesse errado na primeira semifinal do Paulista diante do Corinthians, não tivesse errado diante do River Plate na Copa Sul-Americana, não tivesse aberto o time sem necessidade no segundo tempo do segundo jogo contra o Atlético-MG na Copa do Brasil.
São justamente esses erros, como na escalação diante do Fortaleza, que faz dele um técnico incompleto. Se não inventasse, estaria no Real Madrid, no Barcelona, nos grandes da Inglaterra. Mas tem de se contentar com assédio do Racing, da Argentina, para ganhar menos do que no Santos, ou de qualquer outro clube brasileiro, acostumados com o nÃvel baixo dos técnicos por aqui.
E para ter sucesso sem Jorge Sampaoli o presidente José Carlos Peres só precisa encontrar um equilÃbrio entre 2018 e 2019. No ano passado, sem dinheiro, o Santos contratou no primeiro semestre sem gastar quase nada Eduardo Sasha, Gabigol e Dodô, todos jogadores que foram (e são, no caso de Sasha) úteis para o time.No segundo, contratou Carlos Sánchez, Derlis González e Bryan Ruiz. Um grande acerto, um jogador que foi e ainda pode ser útil e um grande erro. Depois disso, o presidente passou a ouvir os técnicos e trouxe Felippe Cardoso para agradar ao técnico Cuca, um grande erro.
Neste ano, Peres acertou no técnico e, com o dinheiro de Rodrygo, deu a ele o direito de escolher o elenco (e de errar). Não havia necessidade de gastar com Everson (tÃnhamos Vanderlei), com Felipe Aguilar (hoje o quinto zagueiro do elenco – os outros quatro já estavam), Cueva, Uribe e Lucas Venuto foram grandes erros, os dois primeiros mais graves pelo valor investido.
Dos acertos, apenas Soteldo teve um grande investimento. Jobson e Felipe Jonatan podem dar frutos no futuro, Luan Peres, Pará e Evandro chegaram de graça.
Ou seja, o já mostrou que pode montar um elenco bom sem gastar muito.
Pela sequência de trabalho, seria melhor a permanência de Jorge Sampaoli.
Se ele sair, não dá tempo para lamentar. E acertar nas contratações como em 2018 e trazer um treinador que não seja um Jair Ventura da vida.
Parabéns análise perfeita, o Santos é, e sempre será maior que qualquer um,, queirão ou não…….
Sem duvida, o melhor técnico, talvez o único, porque os outros eram (ou são) grandes farsantes. O Sampaoli poderia ser competitivo, mas, talvez por vaidade, peca por querer imprimir sua marca registrada, na qual o resultado não importa, o que importa é a filosofia de jogo. Assim, minimiza as derrotas decorrentes de seus erros. Quando parecia que tinha encontrado uma forma de colocar o time em campo de forma consistente, ressuscitou o esquema com três zagueiros. Eventualmente, pode acontecer de o técnico deslocar um jogador e acabar tendo sucesso (exemplo: o Wesley era atacante, passou para volante, o Baiano era volante, passou para a lateral), mas achar que vai encontrar vários jogadores ditos versáteis nesse elenco é apostar no imponderavel. Se esses jogadores conseguirem desempenhar bem apenas a sua posição de origem, já vai estar de bom tamanho. O Sampaoli deveria inventar menos.