Acompanho o trabalho do Fernando Diniz desde muito antes dele aparecer na “grande mídia” ou nos grandes times do Brasil e despertar uma raiva, muitas vezes incompreendida por mim, na imprensa e na torcida.
Em 2010, eu trabalhava no Red Bull Brasil e nós perdemos o título da Copa Paulista para o Paulista de Jundiaí, dirigido por Fernando Diniz e com Hernane Brocador no ataque. Foram dois empates em 1 a 1 na decisão, sendo o segundo com um gol do Paulista, o do título, no último lance. Era o segundo título consecutivo de Diniz na competição (ele havia sido campeão em 2009 pelo Votoraty).
Em 2012, nos reencontramos de novo, na Série A-2. No confronto pela sexta rodada, o Red Bull Brasil, dirigido pelo ex-goleiro santista Sérgio Guedes, venceu o Atlético Sorocaba, de Fernando Diniz e Luan (ex-Atlético-MG), por 1 a 0, mas nós não ficamos entre os oito e o Atlético conseguiu o acesso para a Série A-1.
Em 2013, olha a gente de novo. Jogo decisivo da Série A-2 entre Red Bull Brasil (comandado por Argel Fucks) e Pão de Açúcar (antes de virar Audax), comandado por Fernando Diniz (com Sidão no gol e Tchê Tchê no meio-campo), no campo Nacional. O vencedor ficava com o acesso e deu Pão de Açúcar.
Relembrei aqui esses momentos para mostrar duas coisas: conheço bem o trabalho do Diniz e quem diz que ele não ganha não conhece a sua carreira. Só ali nesses quatro anos foram dois títulos e dois acessos.
Conheço tão bem o trabalho do Fernando Diniz que, em janeiro de 2015, estava conversando com ele e com um amigo (Fabio Barbosa, que era gerente de futebol do Audax) em um jogo da Copa São Paulo de Juniores, em Osasco. Eles estavam procurando um meia e indiquei o Rafinha, que tinha jogado no Rio Branco, de Americana, e no Red Bull Brasil. Ainda falei algo como “no seu estilo de jogo ele vai deitar e rolar”.
Ajudei com os contatos, eles contrataram o Rafinha, que virou Rafael Longuine, foi terceiro artilheiro do Campeonato Paulista e foi contratado pelo Santos (aqui, se tivessem me perguntado, eu certamente não indicaria).
Ainda no Audax, Diniz foi vice-campeão paulista. Eliminou o São Paulo, o Corinthians e perdeu o título para o Santos nós sabemos bem de que forma.
No Paulista, Atlético Sorocaba, Pão de Açúcar ou Audax, o estilo do Fernando Diniz sempre foi o mesmo. Jogo começa com o goleiro, jogadores se movimentam demais, não tem bola longa no centroavante e o time cria muito, mas muito mesmo. No Paulista de 2016 foram 32 gols marcados em 19 jogos, por exemplo.
O time que vai enfrentar uma equipe comandada pelo Fernando Diniz precisa se preparar de uma maneira diferente do que para os outros jogos.
Quais os problemas do modelo de jogo: o time não pode ser refém dele. Tem horas que é preciso dar um chutão. Tem horas que você precisa de um jogador mais marcador. E quando você sai jogando, passa a primeira linha de marcação, precisa acelerar o jogo para fazer valer a vantagem numérica. Se você não consegue acelerar e o time adversário consegue se posicionar na defesa, você correu um risco desnecessário.
Na entrevista em que anunciou a saída de Ariel Holan, o presidente Andres Rueda manteve o discurso do perfil de técnico que eles querem para o clube: parceiro, que jogue para a frente, que use a base e se enquadre na realidade financeira do clube.
No último trabalho, no São Paulo, o Fernando Diniz foi parceiro. O clube fez apenas uma contratação (trocou Luciano por Everton). Indicado pelo técnico, Luciano virou um dos melhores jogadores do time. Everton não conseguiu se destacar no Grêmio.
Diniz manteve o jogo ofensivo. O São Paulo teve o quarto melhor ataque da competição. E a defesa não esteve entre as mais vazadas. Sofreu 10 gols a menos que o Santos, por exemplo. Luciano, o da troca, foi um dos artilheiros da competição, com 18 gols.
Além disso, Diniz usou a base. Nomes como Gabriel Sara, Rodrigo Nestor, Galeano começaram a aparecer com ele. Brenner, que era tido como caso perdido, foi destaque do ano e foi vendido por US$ 13 milhões, mais do que o dobro do valor da venda de Soteldo ao Toronto FC.
Sobre a questão financeira, Fernando Diniz ganhava no São Paulo cerca de R$ 280 mil mensais, pouco mais da metade do salário de Ariel Holan no Santos.
O trabalho de Diniz teve uma queda após dois momentos: a troca da diretoria e a discussão com Tchê Tchê no jogo contra o Red Bull Bragantino.
Vou começar falando sobre o segundo ponto. O Diniz é assim, os jogadores entendem e gostam dele. Lembram que eu comentei sobre o Tchê Tchê no começo do texto, na Série A-2? Então, os dois se conhecem muito e podem apostar que Diniz não “perdeu” o vestiário por causa da discussão. O problema foi agravado pelo áudio (sem torcida tudo aparece) e pelo momento, uma grande derrota do São Paulo. A pressão foi de fora para dentro.
O primeiro ponto citado, na minha avaliação, foi fundamental para a queda. A nova diretoria chegou dizendo que traria outro técnico, mandou dirigentes embora, contratou outros, pessoas da nova gestão criticaram publicamente jogadores, como o Tiago Volpi, e existem suspeitas de que integrantes da diretoria participaram da organização da emboscada ao ônibus do clube antes da chegada ao Morumbi para jogo contra o Coritiba, quando “torcedores” atiraram pedras em direção aos jogadores.
Comparem as duas situações e imaginem qual delas teve maior impacto na queda de rendimento do time.
Fernando Diniz precisa, de fato, ganhar um título por um grande clube. O Santos precisa de um título (estamos no maior jejum desde 2002).
Seria lindo as duas coisas acontecerem juntas.
Qualquer treinador q colocar, não dará certo , se os jogadores não colaboratem, o problema não é técnico e sim jogador FDP
Parabéns pelo testo perfeito Diniz pra ontem Osório nunca
Meu Deus. Respeito a opinião mas espero que não seja, se o Holan aguentou 12 jogos o Diniz vai aguentar 6. Já chega marcado pelo torcedor, 3 derrota é pixacao de novo. Os pixadores, que são quem manda no clube querem ganhar hoje, não querem projeto, arrumar casa, querem um Carile, Cuca, que seja paizão, jogue feio, 50 cruzamento na área. Dane-se divida, dane pagar em dia. É isto que estes caras querem o Santos dos últimos 10 anos.
Nós não temos time para o modelo de jogo que ele gosta
Giovane, concordo com você. Acho que o Fernando Diniz tem tudo pra dar certo no Peixão. Há muito tenho acompanhado o trabalho dele. Espero que o Rueda leia sua matéria e quem sabe, ele possa aportar na Vila.
Seu novo bruxinho….
Diniz é aquele que quase rebaixou Atlético PR e Fluminense? Depois que ele saiu os times recuperaram. Foi o que perdeu pro Mirassol nas quartas do Paulista do ano passado? Imagina o Santos saindo jogando com Luis Felipe, Pará, Balieiro, Jean Mota… Será goleada atrás de goleada.
Tudo mesno o Diniz ñ pode ser verdade o wue estou lendo se o Cuca ñ era bom para o santos só pode ser brincadeira no mínimo urgente o Dorival ja conhece a casa e este time que temos é pra ficar de décimo a décimo quinto no brasileirão se for o Dorival agora se for outro iremos chorar no final de ano na 2 ,agora se o Cuca voltar estaremos entre os 6 primeiros.
Acho também Fernando Diniz um dos poucos desempregados que eu traria…acho que no Santos pelo menos juntaria a fome com a vontade de comet…o time tem um perfil ofensivo e acho que vale a pena esse tipo de ousadia pois o restante dos técnicos disponiveis sao de uma mesmice só
Deus me livre!!!
Ou melhor, livre o Santos do teórico de botequim!
Na minha modesta opinião, o nome é do Abel Braga.
É ofensivo?
Não.
Monta o time pra frente?
Não exatamente.
Mas o que o Santos precisa agora é fechar a casinha, recuperar a confiança, e buscar resultado.
Eu contrataria o Abelão!
Se vai dar certo ou não, só o tempo dirá e isso vale para qualquer técnico que vier seja lá de que estilo. for, em virtude da “bagunça” administrativa em que está submerso o SFC, assim como vários grandes clubes brasileiros diga-se de passagem. Mas eu, pra sincero, sempre tive esse sonho de ver o Fernando Diniz treinando o Peixe. O estilo é perfeito tanto da maneira de jogar do Peixe como da maneira de treinar do Fernando Diniz. Esta é a hora perfeita pra esse sonho se tornar realidade. Na verdade mesmo, eu gostaria que o Cuca tivesse permanecido, seria bom para ele e para o SFC, mas o cara nunca sabe o que quer direito, então que tenha boa sorte onde estiver e que venha o FD e nos faça sonhar e realizar se Deus quiser e ele há de querer.
De todos que são citados pra técnico do Santos, o Diniz é o que menos chance de dar certo nesse momento, pelo elenco que temos, com somente contratações pontuais. Agora entendi a razão da enquete feita pelo Diário não ter incluído outros nomes, como Renato Gaúcho e a opção nenhum dos anteriores. Enquete direcionada !!!!
Eu também vou contigo nessa Giovane Martineli. Eu quero um técnico brasileiro. E o Diniz é sim um que se encaixa no meu modelo, é da nova geração, já tem experiência, trabalha bem a bola, com um futebol diferente, que se bem assimilado, é muito difícil bater o seu time! A posse de bola é absurda, para frente. Então acho que pode sim se dar muito bem no Santos Futebol Clube! E outra coisa: baixo custo, simples, direto. Gostaria de vê-lo no PEIXE!
Eu sinceramente gostaria de ver o Diniz no SFC. Realmente pode ser a cereja do bolo que falta para ele deslanchar na carreira (treinar o peixe).
Porém sinceramente não sei se este seria o momento ideal.
Tudo depende do resultado de hoje. Uma possível vitória ou empate traria uma certa tranquilidade para o restante da semana. Manteria o Gordão e estreitaria os laços com Diniz, Dorival, Sérgio Guedes para fazer a melhor escolha.
Quem sabe o Gordão não encaixa uma série de vitórias ? E ai ? Quem arrisca tirar ele ? Não esqueçamos dos últimos jogos que ele segurou o rojão e deu conta do recado…
Lembrando que somente o técnico não faz milagres. É preciso ter um departamento de futebol muito bem organizado com pessoas que realmente entendam de futebol afim de dar o respaldo e tranquilidade que o técnico e o elenco precisam. Nesses pontos, creio que o Dorival tem muito a agregar também.
Não da pra trazer este ou aquele apenas por gostar da cara…tem que ser feito um estudo bem detalhado, abrir as cartas na mesa, todas elas, conversar com os possíveis nomes, sentir a real de cada um e tomar a decisão.
É preciso também de salário em dia, senão esquece.
Mas reforço, o jogo de hoje e os demais da semana serão muito importantes.
Boa sorte ao Marcelo Fernandes
Perfeito. Tem que ser o Diniz. Até o Muricy elogiou muito o seu trabalho. Porque a demora para contrata-lo? Olha o que está acontecendo em campo. precisamos do Diniz urgente.
Tambem acho que seria uma boa, todos os times que ele passou foram campeões ou engrenaram após a saida dele. Athletico, Fluminense, Sao Paulo. O que falta pra ele é consistencia, é ganhar algo em time grande, pra tirar essa mistica do “jogo arriscado” dele. A questão nele ser o técnico agora, ou não nem vem ao caso. Pq é o que o Santos tem pra pagar e é o que tem no mercado.
Tambem acho que seria uma boa, todos os times que ele passou foram campeões ou engrenaram após a saida dele. Athletico, Fluminense, Sao Paulo. O que falta pra ele é consistencia, é ganhar algo em time grande, pra tirar essa mistica do “jogo arriscado” dele. A questão nele ser o técnico agora, ou não nem vem ao caso. Pq é o que o Santos tem pra pagar e é o que tem no mercado.
Fernando Diniz é a melhor opção para o Santos. Quem conhece futebol sabe dessa verdade. Estou na torcida pela sua contratação. Vale a pena ver seus times jogando.
[…] defendi a contratação do Fernando Diniz muito antes de o Santos iniciar a negociação com ele (se você duvida leia aqui) e fico feliz que ele tenha vencido a desconfiança de muitos torcedores de forma tão […]
[…] defensor da contratação do Fernando Diniz muito antes de o Santos cogitar a contratação (leia aqui), já escrevi que o time encontrou um caminho com ele antes dos adversários (leia aqui), mas a […]