Cuca se despediu do Santos neste domingo (Crédito: Ivan Storti/Santos FC)

O técnico Cuca se despediu do comando do Santos após o empate em 1 a 1 com o Fluminense neste domingo, pela penúltima rodada do Campeonato Brasileiro. Deixou o clube (com a ajuda do Goiás) classificado para a Copa Libertadores de 2021 e com 51% de aproveitamento na passagem, que teve como destaque o vice-campeonato da Libertadores de 2020.

É inegável que Cuca teve muitos méritos nessa terceira passagem, especialmente fora de campo. Costumo dizer que ele é o técnico do Caos. É muito forte nas relações humanas e usa as adversidades como combustível para extrair o melhor dos jogadores. E como o caos imperava no Santos no ano passado, ele teve um grande trabalho e conseguiu construir um ambiente familiar entre os atletas.

É fato que muitos torcedores temiam o rebaixamento antes do início do Brasileirão, não pela qualidade do time, mas pelo excesso de problemas extra-campo (salários atrasados, transferbans, etc). Terminar a temporada na oitava colocação do Brasileiro e com o vice da Libertadores é muito mais do que esse grupo de torcedores esperava.

Então, é justo o agradecimento ao treinador. E desejo realmente muita força para os familiares (mãe e filha), que lutam contra a Covid, motivo da despedida neste domingo.

No entanto, não quero mais ver o Cuca no comando do Santos. Espero que o clube consiga se organizar fora de campo (e estou otimista com essa gestão) para que possa contratar técnicos que tenham como principal qualidade o trabalho de campo e não o lado motivacional.

Dentro de campo, Cuca falhou muito. Na final da Libertadores, principalmente. Contra o Fluminense, a tática do ensaio e erro de novo apareceu. Ele vai testando os jogadores em funções diferentes até um acertar. Não tem lógica, não tem planejamento, não tem estudo, nada.

Não quero um treinador para apagar incêndios no Santos. Espero que os incêndios não aconteçam e o treinador possa se preocupar apenas com os treinamentos e preparação para os jogos.

Quem seja assim a partir da chegada de Ariel Holan.