Alexandre Mattos foi apresentado em coletiva no Santos (Crédito: Lucas Barros/Diário do Peixe)

Alexandre Mattos, novo executivo de futebol do Santos, desmentiu fama de ‘gastão’ na carreira e reforçou que vai trabalhar de acordo com o que o clube oferecer. Apresentado em entrevista coletiva nesta quarta-feira (25), o ‘homem forte’ do futebol do Peixe relembrou passos na carreira e participação em momentos de dificuldades em outros times.

“As pessoas criam situações, marcas, e não param para analisar os dados e perceberem o contrário. Comecei no América-MG sem divisão nacional. Sete anos num clube com sete meses de salários atrasados. Foi a minha universidade. Saiu de sem divisão para a primeira divisão. Fui para o Cruzeiro, devia salários, não tinha recursos. Foi um case de sucesso. Depois com o Palmeiras, não tinha Crefisa, o dinheiro do Paulo Nobre que foi pago a ele, muita vontade de trabalhar, sem estrutura, nenhum atleta queria ir. Era uma batalha contratar jogador. Com sucesso, organização, três ou quatro anos depois o investimento aumentou. Fui para o Athletico, dois anos, com muito sucesso. Vice da Libertadores, campeões paranaenses invictos, fomos para a Libertadores diretamente, a maior negociação do futebol brasileiro antes do Estêvão. Cuello, Canobbio… Athletico com folha de cinco ou seis milhões de reais. Meu histórico é chegar em momento de dificuldade, normal, se não for assim não há chegadas ou saídas”, comentou.

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Mattos assinou contrato até o fim de 2026 com o Alvinegro, justamente quando a acaba a gestão do presidente Marcelo Teixeira. Ele revelou que se vê na obrigação do que participar fazer dar certo no Santos mesmo diante de dificuldade financeira e revela trabalho conjunto com o plantel de jogadores. Ainda ressaltou que a maior contratação é contas organizadas.

“E tive cases de sucesso em todos os clubes por onde passei. E saí com legado positivo financeiro, títulos, estrutura, profissionais. Todos, com muita dificuldade no início, e com o tempo as coisas se desenvolveram. Sempre trabalhei de acordo com que o clube fornece. Aqui não será diferente. Vamos com calma, sem revolução. O Santos já fez contratações e me incluo na obrigação, mesmo chegando agora, de fazer elas darem certo. É resgatar esses atletas que estão se dedicando. Vi compromisso deles, o resultado que tivemos em Fortaleza. Otimizar, ser assertivo, não extrapolar em nada. Maior contratação é pagamento em dia e contas organizadas. As coisas melhoram, vem o protagonismo, receitas aumentam. Teve um único episódio, do Vasco. Não foi bem o que me falaram e fiquei dois ou três meses e saí. As coisas caminharam para outro lado e todos viram. Por isso fiquei pouco tempo. Sempre trabalhei com orçamento, realidade, dentro da autoridade do presidente. No caso do Cruzeiro, o dono. E vou fazer isso aqui”, concluiu.