José Carlos Peres divulgou imagens do projeto de Retrofit da Vila na terça-feira (Crédito: Reprodução)

Três dias depois do afastamento e dois dias depois de o presidente José Carlos Peres ter divulgado informações sobre o projeto de Retrofit da Vila Belmiro, o CEO da construtora, Luis Davantel, falou pela primeiro vez sobre a proposta de parceria com o Peixe.

Em entrevista ao site Ge.com, Davantel fez questão de deixar claro que o projeto não é algo político, “fumaça” para desviar o foco. Como o DIÁRIO antecipou, as conversas existem desde dezembro, já foi assinado um MOU (Memorando de Intenções), o projeto já foi apresentado ao Prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa, e ao Conselho Consultivo do clube. O próximo passo é apresentação a Conselho Deliberativo.

“O projeto não é um vídeo ou um power point. Ele é uma verdade, não é só um vídeo. Tem engenharia, arquitetura, estudo… Óbvio que só vendo o vídeo, essas coisas todas, fica um negócio solto. Nós, da WTorre, queremos deixar muito caro que acreditamos numa arena para o Santos. Acreditamos que a cidade comporta, o clube comporta. Que seria um projeto vitorioso, um projeto de sucesso”, afirmou Davantel ao GE.

Como antecipado pelo DIÁRIO, o projeto terá uma área inspirada na Muralha Amarela, do Borussia Dortmund. A arquibancada atrás de um dos gols da nova Vila Belmiro não terá cadeiras, como em todo o restante do estádio. Os torcedores ficarão em pé no local, que será reservado para as torcidas organizadas. Com isso, a capacidade do projeto passou de 21 mil para 25 mil torcedores.

O projeto deve ser analisado pelo Conselho Deliberativo do Santos em reunião no próximo dia 7 de outubro. O Retrofit da Vila faz parte de um projeto de Fundo de Investimento Imobiliário que a WTorre está estruturando ao lado do BTG Pactual. Além da Vila, o Fundo teria o Allianz Parque, o novo São Januário, a Arena da Ponte Preta e outros dois estádios.

O Comitê de Gestão do Santos assinou um MOU (Memorando de Intenções) com a WTorre com validade de um ano. Pelo documento, a parceria teria entre 30 e 35 anos e a remuneração do Santos durante o período seria de 2,5% a 15% do faturamento (estima-se que o percentual seja de 6%). Após o prazo do contrato, todas as receitas do Retrofit seriam do clube.

O projeto custará cerca de R$ 220 milhões e o prazo para a construção é de 24 meses após todas as aprovações. A primeira delas terá de ser pelo Conselho Deliberativo do clube. Em paralelo, o projeto será enviado oficialmente para a Prefeitura de Santos para as aprovações nos órgãos competentes.