
Marinho em lance contra a Ponte Preta, no jogo de eliminação do Peixe no estadual. Antes de ser expulso, o atacante anotou o gol do Peixe (Crédito: Ivan Sorti/Santos FC)
O título do Campeonato Paulista era um sonho para o torcedor santista, que não grita “é campeão” desde 2016. E o fracasso no estadual não é só decepção em campo, como fora dele.
Passando por uma das maiores crises financeiras de sua história, o Peixe via na competição também a chance de faturar com a premiação máxima. Esse ano, o campeão embolsará R$ 5 milhões.
Além do prêmio, como o futebol está sem torcida devido a pandemia do COVID-19, outra receita poderia vir com patrocínios pontuais. O clube está sem patrocinador máster e a exposição na televisão em uma eventual final poderia chamar a atenção de parceiros. Pelo menos era assim que pensava a direção santista.
Só que não adiantar mais sonhar, pois com a campanha vexatória (a pior do clube na era do profissionalismo) o Santos terminou o Paulistão na 8ª colocação. Nessa posição, irá receber da Federação Paulista a quantia de R$ 400 mil, valor que não paga o salário de Carlos Sánchez, por exemplo.
Depois da saída do LAOR, o Santos entrou numa fase de amadorismo e incompetência incrível.
Ninguém aguenta mais isso, a meta desses caras é fechar o clube.
A forma como o Marinho procurou a expulsão em um jogo de mata mata mostra a falta de profissionalismo. Fosse um juvenil, ainda dava para entender, mas um cara que está na casa dos trinta anos e deixa o braço, quando já tinha o cartão amarelo e de uma irresponsabilidade ou burrice (ou ambos) muito grande. Diretoria fraca e omissa, jogadores medíocres (com salários europeus) e comissão técnica obsoleta. Para piorar, uma base de pseudo joias (bijuterias das mais fajutas). Só um milagre para salvar do rebaixamento.