Ex-presidente Modesto Roma Jr pode ser punido no Conselho Deliberativo do Santos nesta terça (Crédito: Ivan Storti/SantosFC)

A reunião do Conselho Deliberativo do Santos promete esquentar os bastidores do clube na noite desta terça-feira. Entre os assuntos em discussão estarão o relatório do Conselho Fiscal sobre as contas do primeiro trimestre de 2019, além de cinco casos analisados pela Comissão de de Inquérito e Sindicância do clube.

O relatório do Conselho Fiscal apontou um déficit de R$ 18 milhões. Entre os pontos polêmicos do relatório estão o aumento da folha salaria de R$ 9,5 milhões para R$ 13,6 milhões, o pagamento de quase R$ 5 milhões em intermediações de reforços e o gasto com carros alugados para o presidente José Carlos Peres e alguns jogadores, como o meia Bryan Ruiz.

No entanto, as maiores polêmicas devem ficar em torno dos pareceres da CIS em 5 casos: Relação com a Quantum, portaria de José Carlos Peres cancelando os poderes do vice, Orlando Rollo, áudios vazados pelo ex-diretor administrativo, Ricardo Jeijoó, escolha da GF para fazer a auditoria do clube e caso Sylvio Novelli.

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O caso da Quantum pode render uma suspensão ou até mesmo a expulsão do ex-presidente, Modesto Roma Jr. A CIS investigou a documentação da empresa de malta, que cobrou uma quantia milionária do Peixe por supostamente intermediar o recebimento do valor a que o Santos teria pelo Mecanismo de Solidariedade da Fifa na transferência do atacante Neymar para o Paris Saint-Germain.

O caso já foi discutido uma vez no Conselho e o primeiro parecer da CIS pediu apenas uma advertência ao ex-presidente. No entanto, os conselheiros apresentaram diversas evidências novas sobre o caso na reunião e pediram uma punição mais dura a Modesto Roma Júnior, além do envio de toda a documentação para o Ministério Público e para a Polícia Federal. O DIÁRIO não teve acesso ao novo parecer da CIS.

A situação envolvendo o vice-presidente, Orlando Rollo, também deve gerar discussão. Após a briga entre presidente e vice, José Carlos Peres assinou uma portaria cancelando todos os poderes de Rollo, que pediu uma licença após o fato. A portaria fere o Estatuto do clube e o Conselho já determinou a imediata volta de Orlando Rollo ao cargo. Ao DIÁRIO, o vice-presidente afirmou que pretende esperar o parecer da CIS sobre o caso antes de tomar uma decisão sobre o seu futuro no clube.