Cuca orienta o time no jogo contra o Independiente (Crédito: Ivan Storti/Santos FC)

Após a eliminação do Santos da Copa Libertadores da América, no empate por 0 a 0 com o Independiente, no Pacaembu, Cuca estava muito decepcionado e fez um desabafo. Mas o alvo de sua frustração não foi a Conmebol, que determinou a derrota do Peixe por 3 a 0 no primeiro jogo por causa da escalação do uruguaio Carlos Sánchez. O treinador está indignado com a própria diretoria santista por não ter percebido que havia um problema anterior com o meia.

Segundo Cuca, a diretoria alvinegra precisa melhorar muito seu trabalho com o futebol santista. Ele acredita que a eliminação da Libertadores foi uma consequência de um erro grosseiro dos cartolas do Santos e disse até que não se impora com o risco de perder o emprego por causa de sua sinceridade.

“O Santos tem de melhorar muito internamente, e não é pouca coisa. Isso que ocorreu é um erro muito grande e muito grave. É o beabá de situações que não podem ocorrer. E isso resulta em tudo o que ocorreu hoje (terça-feira)”, afirmou o treinador, que se envolveu na confusão no gramado do Pacaembu para tentar proteger um torcedor de agentes da Polícia Militar.

Além do “caso Sánchez”, Cuca citou outros problemas extracampo do Santos, como a penhora de parte da renda do jogo desta terça por causa de uma dívida com o empresário Giuliano Bertolucci – que foi contraída na gestão de Modesto Roma Júnior.

“Junto disso vêm outras ações, é penhora de renda… O torcedor vem a campo louco da vida. E a gente sem poder dormir por causa de erros que não são nossos, mas que de uma forma geral são nossos porque são do Santos.”

Contratado pelo Peixe há menos de um mês, Cuca afirmou que pode ajudar a diretoria a melhorar a condução do futebol alvinegro, mas deixou no ar a impressão de que os cartolas não estão dispostos a ouvi-lo.

“Eu quero poder ajudar o Santos com a experiência recente que tenho de outros clubes, até de clubes da Capítal. Quero poder mostrar ao pessoal um caminho que a gente conhece para melhorar, mas o pessoal tem de abrir os braços e dizer: ‘Estamos juntos, vamos melhorar juntos’. Eu quero o bem do Santos, e nós precisamos melhorar, e muito.”