Guilherme foi reserva na partida contra o Botafogo (Foto: Raul Baretta / Santos FC)

O empate em 2 a 2 com o Botafogo, no último domingo, marcou um cenário pouco habitual para Guilherme desde sua chegada ao Santos. Pela primeira vez em nove meses, o atacante iniciou uma partida no banco de reservas. A decisão partiu de Juan Pablo Vojvoda, que optou por montar a equipe com três zagueiros no Nilton Santos, o que acabou tirando o camisa 11 da formação inicial.

A última vez em que Guilherme havia começado fora do time titular aconteceu ainda em janeiro, na derrota para o Velo Clube, pelo Campeonato Paulista, sob comando de Pedro Caixinha. Desde então, sempre que esteve em condições físicas, foi presença constante entre os onze.

Contratado no início de 2024, o atacante rapidamente se tornou um dos principais pontos de referência da equipe. Fez parte da campanha de acesso, foi destaque na Série B e manteve ritmo no Paulistão deste ano. Entretanto, viveu momentos de instabilidade no decorrer do Brasileirão.

Além de uma lesão que o afastou por um período, enfrentou cobranças diretas da torcida após atuações abaixo do esperado e, naquele momento. Um delas foi após a eliminação para o CRB, na Copa do Brasil, quando Guilherme desperdiçou um pênalti, o atacante passou a ser alvo de muitas críticas e vaias durante os jogos. O jogador chegou a buscar apoio com líderes religiosos de sua igreja, por não estar bem psicologicamente naquele momento.

Meses depois, após torceres invadirem o CT e o ameaçarem diretamente, o atacante chegou a avaliar a possibilidade de deixar o clube. Uma conversa com Vojvoda, porém, mudou o cenário: o treinador apostou na recuperação do jogador e o manteve como peça-chave.

Antes do jogo no Rio, Guilherme somava 81 partidas como titular em 84 possíveis desde que chegou ao Santos. No total, tem 27 gols e 14 assistências pelo clube, além de ter assumido diversas vezes a braçadeira de capitão na ausência de Neymar. A fase atual, contudo, é de seca: o atacante não marca desde o triunfo por 1 a 0 sobre o São Paulo, em 21 de setembro.

O atacante vem vivendo uma fase mais discreta no Brasileirão. Artilheiro do Santos na temporada com 14 gols, apenas quatro desses gols foram marcados na competição, número que é metade do que possui Barreal, atualmente o goleador santista no torneio, com oito tentos.

Mesmo vivendo um momento de oscilação, a expectativa é de que Guilherme tenha grandes chances de retomar a titularidade no próximo compromisso do Peixe. O Santos encara o Fortaleza, justamente seu ex-clube, no sábado, às 16h, na Vila Belmiro, pela 31ª rodada do Brasileirão.