Por que o Santos não conseguiu fazer um bom começo na Série A 2025?

O início do Santos na Série A de 2025 tem gerado preocupação entre adeptos e analistas. Após um período de reestruturação e promessas de renovação, o desempenho dentro de campo ficou aquém das expectativas. Faltou entrosamento, consistência táctica e, acima de tudo, resultados. Lesões, escolhas questionáveis no plantel e uma pressão constante fora das quatro linhas também ajudaram a complicar o arranque da temporada. Vamos analisar, os principais fatores que explicam por que o Peixe não conseguiu transformar o seu potencial em pontos nas primeiras jornadas do campeonato.

O pior início de Brasileirão da história do clube

O arranque do Santos na Série A de 2025 tem deixado os adeptos apreensivos. Com apenas 5 pontos conquistados nas primeiras oito jornadas, o clube encontra-se na zona de despromoção, uma realidade difícil de aceitar para uma instituição com tanta tradição no futebol brasileiro. A instabilidade no comando técnico agravou ainda mais o cenário: em menos de cinco meses, o Peixe já mudou de treinador duas vezes. Agora, Cleber Xavier tenta recuperar o moral da equipa e reorganizar o plantel.

Em campo, os problemas são visíveis. O ataque tem sido pouco eficaz, com apenas 7 golos marcados, um dos piores registos da competição até ao momento. Álvaro Barreal lidera a lista dos artilheiros do clube com apenas 2 tentos, enquanto jogadores como Tiquinho Soares e Deivid Washington ainda procuram afirmar-se.

A ausência de Neymar também pesa. O craque está lesionado e, mesmo fora dos relvados, continua a ocupar espaço na imprensa por questões extra-desportivas. Esta combinação de ausência técnica e ruído mediático contribui para um ambiente instável, tanto dentro como fora do balneário.

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Falta de criatividade e dependência excessiva de Soteldo

Um dos principais problemas do Santos neste início de Série A 2025 tem sido a previsibilidade no setor ofensivo. A equipa parece limitada em ideias e depende quase exclusivamente das jogadas individuais de Yeferson Soteldo para criar oportunidades reais de golo. Embora o venezuelano seja tecnicamente brilhante e consiga desequilibrar, é pouco razoável esperar que ele resolva todos os jogos sozinho.

A falta de alternativas no meio-campo ofensivo e nas alas torna o Santos uma equipa fácil de anular. Quando Soteldo é bem marcado, o ataque praticamente desaparece. A ausência de variação tática e de jogadores criativos capazes de dividir responsabilidades agrava ainda mais esse cenário.

Estatísticas até à 8.ª jornada (Série A 2025):

 

Indicador Valor
Assistências de Soteldo 3
Participações directas em golos 4 (57% do total do clube)
Finalizações do Santos por jogo 9,3
Média de posse de bola 46%
Gols marcados pelo clube 7

Enquanto isso, jogadores como  Thaciano têm apresentado desempenho discreto, sem conseguir assumir protagonismo quando Soteldo está bem marcado ou ausente. A dependência extrema de um único jogador não é sustentável numa competição longa e exigente como a Série A.

Sem uma reformulação tática e maior participação criativa de outros nomes do elenco, o Santos corre o risco de continuar previsível e pouco eficaz, ficando ainda mais vulnerável nos jogos decisivos que estão por vir.

Instabilidade no comando técnico com três treinadores em quatro meses

A instabilidade no banco de suplentes tem sido um dos grandes entraves para o Santos encontrar consistência na Série A de 2025. Em apenas quatro meses de competição, o clube já passou por três treinadores, um número que, por si só, revela a falta de um plano desportivo sólido e coerente.

A constante mudança de comando afeta diretamente o rendimento dos jogadores, que enfrentam sucessivas alterações tácticas, metodologias de treino distintas e abordagens psicológicas diferentes. A falta de continuidade impede que o grupo assimile uma identidade de jogo clara, prejudicando o entrosamento e a confiança em campo.

Treinadores do Santos em 2025 (até Maio):

  • Pedro Caixinha (Janeiro – Abril): Iniciou a temporada com boas expectativas, mas não resistiu à sequência de maus resultados no Paulistão e nas primeiras jornadas do Brasileirão;
  • César Sampaio (Interino, Abril): assumiu temporariamente, mas não conseguiu estabilizar o desempenho da equipa. Teve curta passagem, apenas dois jogos;
  • Cleber Xavier (Desde Abril): tenta reorganizar a equipa, mas ainda sem resultados expressivos. Tem apostado na juventude e em reformulações pontuais no onze titular.

Esta rotatividade técnica transmite insegurança ao plantel e à própria estrutura do clube. Jogadores-chave mostram-se perdidos em campo, sem uma liderança firme a orientá-los. Enquanto não houver estabilidade e uma ideia de jogo clara a ser seguida, o Santos continuará a oscilar entre promessas e frustrações. Mais do que trocar nomes, o clube precisa encontrar um projecto coerente, e ter paciência para o construir.

Elenco desequilibrado e carência no setor de criação

Um dos grandes problemas do Santos na Série A de 2025 passa pela construção do seu elenco. A equipa apresenta um plantel numeroso, mas pouco equilibrado, sobretudo em posições-chave como o meio-campo ofensivo. Falta criatividade, visão de jogo e capacidade de articulação entre defesa e ataque, algo essencial para enfrentar adversários mais organizados e competitivos.

Enquanto há excesso de jogadores com características defensivas ou de marcação, como Dodi, João Schmidt e Rodrigo Fernández, há uma evidente escassez de atletas com perfil criativo. Schmidt, um dos mais experientes, tem alternado entre o departamento médico e atuações apagadas. Thaciano até tentam preencher esse espaço, mas não têm conseguido assumir o protagonismo necessário.

Além disso, o clube contratou pontas e avançados sem garantir que o setor de criação estivesse bem servido. O resultado é um ataque que recebe poucas bolas em condições de finalização e depende quase exclusivamente de jogadas individuais de Soteldo ou cruzamentos esporádicos.

Principais lacunas do elenco em 2025:

  • Ausência de um “camisa 10” de origem;
  • Pouca profundidade nas opções criativas do banco;
  • Dependência excessiva do improviso;
  • Falta de variação tática no meio-campo.

Este desequilíbrio compromete não só o rendimento ofensivo como também a consistência da equipa em campo. Sem criatividade, o Santos torna-se previsível, facilitando a tarefa dos adversários. Para mudar este cenário, será necessário agir já na próxima janela de transferências, buscando reforços que tragam inteligência, visão e capacidade de decisão no último terço do campo. Sem isso, o Peixe corre sério risco de continuar estagnado e longe das ambições traçadas para a temporada.