Vecchio em ação no jogo contra a Ponte Preta (Crédito: Ivan Storti/Santos FC)

Dos cinco gols anotados pelo Santos no Campeonato Paulista, três passaram pelos pés do argentino Emiliano Vecchio. Foi dele o passe para Arthur Gomes abrir o placar contra o Linense, foi ele quem roubou a bola e deu para Rodrigão acertar um chutaço no mesmo jogo, e também foi dele o passe para Rodrygo fazer o seu primeiro tento como profissional, contra a Ponte Preta. E a eficiência mostrada pelo meia argentino neste início de ano tem a assinatura do técnico Jair Ventura.

“Antes de começar o campeonato, tivemos uma reunião com o Jair e ele perguntou o lugar em que nos sentíamos melhor dentro do campo”, contou Vecchio. “Ele é uma pessoa muito capacitada e que sabe tirar o melhor de cada um de nós. Estou jogando de meia, mas com a liberdade para jogar como segundo volante. Ele não coloca uma posição fixa porque o time se movimenta todo o tempo, mas sempre com cada um de nós ocupando uma posição.”

Atuando na segunda linha de quatro, Vecchio tem mais liberdade para buscar o jogo próximo à defesa, e também chegar perto da área adversária. Para o argentino, esse papel é uma tendência no futebol moderno.

“É uma posição de que eu gosto. No futebol de hoje, o meia tradicional já não existe, todo mundo tem de correr, ajudar, um jogador a menos que não esteja comprometido na marcação bagunça todo o time.”

Afastado da equipe santista por Dorival Júnior no ano passado, Vecchio chegou a treinar separado dos demais jogadores e estava insatisfeito no Santos. Quando o técnico foi demitido, Levir Culpi reintegrou o argentino e ele terminou o ano como titular sob o comando de Elano.

Segundo informação do Esporte Interativo, o Santos recentemente recusou uma oferta de 3 milhões de euros (R$ 9,3 milhões) de um clube dos Emirados Árabes Unidos por Vecchio.