Marinho foi muito bem marcado na final da Copa Libertadores de 2020 (Crédito: Ivan Storti/Santos FC)

Em livro lançado no início do mês, o técnico do Palmeiras, Abel Ferreira, detalhou a estratégia que utilizou na vitória por 1 a 0 sobre o Santos na final da Copa Libertadores de 2020, no Maracanã.

Na volta 34 do livro “Cabeça fria, coração quente”, Abel Ferreira relata ter analisado dez partidas do Santos e concentrado as atenções no empate em 2 a 2 entre as equipes, no dia 5 de dezembro, na Vila Belmiro, pelo Campeonato Brasileiro de 2020.

Na semana da decisão, Abel Ferreira diz ter trabalho intensamente com o posicionamento dos laterais, com ajuda dos volantes, para tentar neutralizar o que ele apontou como ponto forte do Santos, a dupla de pontas Marinho e Soteldo. Ele pediu para os laterais estarem sempre a dois metros dos atacantes do Peixe.

O livro exemplifica qual o temor do treinador do Palmeiras na decisão. Em um momento do confronto do dia 5 de dezembro, Zé Rafael deixou a entrada da área para pressionar a saída de bola do Santos e deixou Marinho em situação de um contra um com Viña.

Na semana da decisão, o treinador reforçou a necessidade de os volantes palmeirenses fazerem apenas cobertura lateral, sem sair na caça dos jogadores de meio-campo do Santos para evitar o 1 x 1. A responsabilidade de pressionar os volantes do Peixe passou para um dos atacantes.

Abel Ferreira relata no livro que os atacantes do Santos não conseguiram criar, reconhece que o Palmeiras também teve dificuldades ofensivas muito por ter poucos jogadores nas construções ofensivas e dá os méritos do gol de Breno Lopes aos jogadores, mas diz que o conceito da jogada foi muito trabalhado nos meses anteriores.

“Ganhar rebote ou segunda bola, procurar virada, movimento de 2×1 contra o lateral e cruzamento”.