Gil espera definição de futuro no Santos (Crédito: Raul Baretta/Santos FC)

O zagueiro Gil vive indefinição no Santos e pode estar de saída do clube. O estilo de jogo do defensor não ‘encaixa’ com as ideias táticas do técnico Pedro Caixinha, que gosta da zaga atuando mais adiantada, diferente do que foi o perfil do Peixe no ano passando com o ex-treinador Fábio Carille em que atuava com linhas mais baixas.

Na coletiva de apresentação do português, ele detalhou as características que pensa dos atletas na linha de defesa. Gil não foi inscrito na primeira lista do Paulistão, mas nas últimas horas antes do fim do prazo da estreia acabou aparecendo nas inscrições da FPF.

“Buscamos zagueiros que ajudem a equipe a defender para frente e, mesmo em marcações individuais, consigam atuar fora da zona de conforto. Por exemplo, se um zagueiro tem uma referência individual entre as linhas ou nas laterais, ele deve ser agressivo na marcação e ter condições de recuperar sua posição rapidamente. Esse tipo de jogador ajuda a manter a equipe compacta e evita que ela se desorganize em transições ou tenha que cobrir grandes distâncias no campo”, destacou.

“Outro ponto essencial é a capacidade de controlar o espaço entre as linhas e a profundidade. Precisa manter boa relação com o goleiro, que será o responsável por defender bolas longas. É crucial que esses jogadores sejam fortes na bola aérea, principalmente em situações onde o adversário tenta superar o bloco defensivo com lançamentos. Além disso, queremos que, ao defender cruzamentos, o zagueiro mantenha atenção tanto na bola quanto no adversário para evitar desequilíbrios”, afirmou.

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Gil, inclusive, não foi relacionado entre os atletas que estiveram na vitória sobre o Mirassol por 2 a 1, na Vila Belmiro, na estreia do Paulistão, nesta quinta-feira (16). Na coletiva pós-jogo, o Caixinha explicou o porquê não levou o zagueiro e reforçou respeito pelo jogador.

“Todos os jogadores são iguais perante as regras. Minhas palavras foram: só tenho a elogiar o sacrifício e entrega ao longo desse período de treino. Em casa, escolhemos 23. Não foi o único a ficar de fora. As decisões serão sempre em prol do grupo. Nunca olhando nomes. Respeito muito o Gil, tal qual respeito os outros”, explicou.

Gil chegou ao Alvinegro na última temporada com vínculo de um ano. Durante a temporada, estava com o pensamento de se aposentar, mas viu o Alvinegro ‘devolver’ a alegria de jogar futebol e chegou até a revelar um acolhimento grande do elenco quando perdeu a avó vespéra de jogo na Série B.

Com o acesso, tinha uma cláusula de renovação automática e apareceu no BID. No entanto, na reapresentação do elenco no dia 3 de janeiro, confirmou a apuração do Diário do Peixe que ainda iria discutir com a diretoria um acordo financeiro com a prorrogação. Agora, sem espaço neste momento inicil com Caixinha, espera uma definição do clube.

Ele soma 50 confrontos e um gol marcado. No Paulistão do ano passado, participou dos 16 jogos da campanha do vice do estadual. Na Série B, atuou em 34 partidas e um gol. Desfalcou em apenas quatro jogos, sendo três preservado e outro por suspensão de cartões. Aos 37 anos, o jogador tem 1,92 metro. Tem passagens por Atlético-GO, Cruzeiro, Valenciennes (França), Corinthians e Shandong Taishan (China).