O atacante Gabigol passou 18 meses na Europa, mas não conseguiu repetir o bom futebol desempenhado no Santos (Crédito: Ivan Storti/Santos FC)

O holandês Frank de Boer, ex-técnico da Inter de Milão e que trabalhou com Gabigol na equipe, detonou o atual camisa 10 do Santos. Em entrevista à ESPN, de Boer deixou claro que não tinha problema com o atacante, mas que ele andava em campo e por isso não jogou mais na equipe italiana.

“Ele pensava que ainda estava jogando no Brasil. Ele estava só andando, e tem que estar em movimento. Ele só quer receber a bola sem correr, mas tem que trabalhar duro nos treinamentos. Não é por nada que não jogou comigo e não jogou mais na Inter”, disparou.

Após o fracasso na Inter, Gabigol chegou a ser emprestado ao Benfica, de Portugal, mas também não teve sucesso no clube português: foram apenas cinco partidas e um gol marcado.

“Ele tem que demonstrar a si mesmo, à equipe e ao treinador que é um bom jogador. Depois, pode ser um jogador fantástico, fisicamente está bem, tem uma esquerda fantástica, mas você não pode andar em campo, o futebol europeu é muito diferente do que no Brasil, onde há muito mais calor. Ele tem que olhar no espelho e demonstrar a cada dia que é o melhor ou que pode ser um bom jogador, não com atitude de estrela. Ganhou o ouro olímpico e nada mais”, explicou.

Repatriado pelo Peixe em janeiro por empréstimo, o atacante atuou 25 vezes e marcou 12 gols, sendo o artilheiro do time no ano. Recentemente ele entrou na lista dos 10 maiores artilheiros após a Era-Pelé, com 69 gols, ultrapassando o meia Elano. Para de Boer, o atacante tem talento, mas precisa mudar sua atitude ou não vingará no futebol.

“Ele tem que aprender isso e espero que consiga, porque senão será uma lástima para o futebol brasileiro”, finalizou Frank de Boer.