João Paulo completou 200 jogos com a camisa do Santos (Foto: Raul Baretta / Santos FC)

Um dos pilares do Santos nas últimas temporadas, o goleiro João Paulo completou 200 jogos pelo clube na vitória por 2 a 1 sobre o Palmeiras no clássico do último dia 8 de outubro. A marca foi alcançada justamente no dia em que ele completou sete anos da estreia na equipe profissional do Peixe, em um amistoso contra o Benfica.

Em entrevista exclusiva ao DIÁRIO DO PEIXE, o goleiro falou de alguns momentos da sua trajetória no Santos e destacou a evolução nos sete anos de profissional no clube.

“Uma evolução muito grande desde a minha estreia pelo profissional aos dias de hoje, vestindo essa camisa tão pesada, reconhecida mundialmente, um dos maiores clubes do mundo. Fico muito feliz. Evoluí muito como goleiro e como pessoa”, afirmou o jogador.

Os sete anos no profissional não foram marcados apenas por boas lembranças. Um dos momentos difíceis o goleiro ainda não esqueceu. Titular do Santos em 2000 após a saída de Everson e a lesão de Vladimir, João Paulo foi diagnosticado com Covid no final da temporada e teve de ser afastado dos jogos. John então assumiu a posição e se firmou com boas atuações.

João Paulo ainda teve a chance de jogar a partida de volta das semifinais contra o Boca Juniors, mas não foi o escolhido pelo técnico Cuca para a decisão da Libertadores.

“Foi um dos momentos mais difíceis. Não gostamos de ficar fora das partidas. Quando você pega covid tem de ficar fora, tive de ficar um período sem jogar e ter ficado fora da Libertadores faz parte desse momento. Com certeza foi um dos mais difíceis da minha carreira”, admitiu o goleiro.

João Paulo ainda não conquistou títulos com a camisa do Santos, mas foi fundamental para evitar rebaixamentos nos últimos três anos. Por isso, ele já virou um ídolo de grande parte dos santistas.

“Fico muito feliz pelo reconhecimento dos torcedores. Boa parte da torcida me considera um ídolo. Ainda estou um pouco longe de me sentir realmente um ídolo, mas fico muito feliz de ter esse reconhecimento dos torcedores. Significa que meu trabalho está sendo bem feito.

O bom desempenho e os sete anos de clube renderam ao goleiro a braçadeira de capitão, que usou até a partida contra o Bahia. Nos dois últimos jogos, porém, a tarja com o Z em homenagem ao lendário Zito foi para o braço do venezuelano Tomás Rincón. De acordo com João Paulo, a decisão foi tomada em conjunto com a comissão técnica.

“Optei por fazer um rodízio por conta do nosso elenco. Temos grandes jogadores, com passagem pela Europa, Seleção, com uma certa experiência, uma bagagem. Por estarmos em um momento difícil na temporada, conversei junto com a comissão técnica e achamos importante fazer esse rodízio na faixa de capitão para dar novos ares para o nosso grupo e mostrar que nosso grupo tem a confiança”, explicou o goleiro.

João Paulo também apontou quais dos 200 jogos com a camisa do Santos não saem da sua memória.

“Tenho alguns jogos marcados na memória e pode se passar 300, 400, 500 jogos que eu vou lembrar. O jogo do Independiente pela Sul-Americana, que eu fiz uma boa partida e pude ajudar os meus companheiros e o clube com a nossa classificação. O jogo do Boca Juniors, a semifinal da Libertadores na Vila. Estava sem torcida, mas a torcida estava fora nos ajudando, fizemos uma grande partida, vencemos e passamos para a final. São jogos que ficam marcados na memória por se tratarem de jogos internacionais e jogos contra times argentinos”, completou o goleiro.

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