A expulsão de Felipe Jonatan, depois do término do jogo contra o Athletico Paranaense, segue dando o que falar. Ainda na madrugada de quinta-feira, o lateral soltou sua versão sobre o que aconteceu, via assessoria de imprensa do clube, desmentindo o que o árbitro Anderson Daronco relatou na súmula.
“Tenho mais de 60 partidas como profissional e até hoje só havia recebido um cartão amarelo na minha carreira. Ao término da partida, apenas aplaudi a arbitragem. Não falei em nenhum momento o que foi divulgado na súmula. Desafio a ter qualquer imagem que me mostre chamando alguém de ‘ladrão’. Isso não é da minha índole. É preciso ter responsabilidade, mais respeito e, principalmente, jamais faltar com a verdade”, explicou Felipe Jonatan.
A arbitragem relatou frases do jogador santista como: “Parabéns, seus ladrões. Conseguiram o que queriam” e “Tu é muito fraco mesmo, ladrão”. O Departamento Jurídico do Peixe tomará as providências para resolver o caso.
Com a suspensão, Felipe Jonatan será desfalque na última rodada do Campeonato Brasileiro. O Peixe recebe o Flamengo, no próximo domingo, 16 horas, na Vila Belmiro.
Nesta temporada, a parte disciplinar foi um desastre. Para começar, o comandante da equipe, o técnico Sampaoli, é um péssimo exemplo. Tudo bem que o cara exige intensidade de seus jogadores, mas não conseguir respeitar os limites da área técnica e, em todos os jogos levar advertências por conta disso é uma palhaçada. Cria animosidade contra a arbitragem desnecessariamente. Seguindo o exemplo, todos os jogadores se acham no direito de reclamar da arbitragem, mesmo em lances em que a arbitragem acerta. Se toda hora os caras reclamam, perdem a credibilidade. Ontem o Gustavo Henrique merecia ser expulso. Deu uma traulitada no adversário e, depois, partiu para cima do auxiliar (deu até a impressão que estava cavando a expulsão para antecipar as férias). Se a arbitragem estivesse mesmo de má fé, poderia ter deixado o Santos com nove jogadores em campo. Se os jogadores já entram em campo pensando que o árbitro vai apitar contra, existe um preconceito latente que prejudica o discernimento dos atletas durante o jogo. Nos últimos jogos a arbitragem distribipuiu cartões para o Santos e fez vista grossa para os adversários, que puderam baixar a pancada a vontade, mas, quantas vezes a reclamação dos jogadores do Santos já fizeram algum efeito, exceto o de serem advertidos com cartão por reclamação? O resultado é que se a arbitragem prejudica na partida, os cartões prejudicam nos jogos posteriores. Falta inteligência emocional. Pelo que foi publicado, o Felipe Jonatan pode não ter ofendido o trio de arbitragem, mas foi quere tirar uma onda, aplaudindo com sarcasmo. Uma ação infantil que não iria alterar o resultado do jogo. A diretoria do Santos deveria impor uma regra de conduta a seus jogadores e também, nos casos em que a equipe e prejudicada pela arbitragem, formalizar reclamação a comissão de arbitragem, para cobrar providências. No mínimo, vai ficar o registro do ponto de vista do Santos. Como a diretoria é omissa, os jogadores acabam buscando justiça por si mesmos. Por exemplo, no caso das bolas murchas lá em Fortaleza, qual a atitude que a diretoria do Santos FC tomou? O Sampaoli ficou sozinho no vácuo, sem amparo da diretoria?