Paulo Roberto Falcão esteve no CT Rei Pelé nesta quarta-feira (Crédito: Divulgação)

O Santos anunciou a contratação de Paulo Roberto Falcão para o cargo de coordenador de futebol nesta segunda-feira (14), ocupando a função que seria de um executivo de futebol. E as mudanças no clube começaram a surtir efeito de imediato, nos primeiros dias.

A primeira grande decisão do treinador foi a contratação de Odair Hellmann. Confiante no treinador e boas referências Falcão sugeriu o nome do treinador, aprovado pelo presidente Andres Rueda. O novo departamento de futebol viu que o técnico de 49 tem o perfil para buscar vitórias e bater de frentes com clubes com investimentos maiores.

Mais do que contratações de caras, Falcão quer um Santos criativo no mercado. O clube usa exemplos de um passado recente como o zagueiro Luan Peres e os volantes Diego Pituca e Rodrigo Fernández. Os jogadores estavam “escondidos”, foram achados pelo Peixe e se destacaram. Falcão quer isso no clube.

O novo coordenador de futebol do Peixe vê o clube de uma única forma. Na coletiva de imprensa virtual realizada nesta quinta-feira (17), Falcão afirmou que todos no mesmo CT ajudam na integração do clube. O próprio presidente Andres Rueda afirmou, em entrevista recente, que gostaria de estar mais presente no futebol feminino. No CT Rei Pelé, o Rei de Roma vê essa possibilidade.

“Todo mundo está no mesmo CT (masculino, feminino e base) e isso ajuda na relação e integração. Eu quero facilitar o trabalho da comissão técnica. Vou conversar com o pessoal da base também. Eu sei do sonho que é vestir a camisa de um grande clube, temos que ter muito cuidado com isso”, disse Falcão.

Se em reforços para o campo as conversam estão em andamento, fora delas, já chegaram. Falcão trouxe Élio Carravetta, de 69 anos, para somar no Departamento Médico do clube. O profissional foi coordenador do departamento de performance e saúda do Internacional e uma das maiores referências do futebol brasileiro em saúde esportiva, com diversos livros escritos.

A comissão técnica, inclusive, é um dos pontos mais importantes para que o time renda em campo, no pensamento de Paulo Roberto Falcão. Com Odair, chegam Maurício Dulac (auxiliar técnico), Rogério Dias (preparador físico) e Fábio Moreno (analista de desempenho). A expectativa é que todos falem a mesma língua para que as coisas reflitam nos jogos.

Quando Lisca deixou o Santos, o presidente Andres Rueda anunciou Orlando Ribeiro, até então técnico da equipe Sub-20 do Santos como o treinador interino até o final da temporada. Era um fato que, para permanecer, Orlando precisaria fazer uma campanha irrefutável, o que acabou não acontecendo.

Ribeiro foi criticado em algumas momentos por suas escolhas e terminou o ano com uma derrota amarga para o Fortaleza por 2 a 0. Falcão ainda não sabe qual a decisão de Orlando para próxima temporada, mas enquanto permanece no clube, pretende valorizá-lo e contar com seus pitacos para o planejamento.

“Tivemos uma reunião, que acabei não participando, mas vão me passar agora, sobre os jogadores que vão ficar, sair. Mas temos que conversar com quem cuida da base, o Orlando por exemplo, para fazer essa integração”, disse Paulo Roberto Falcão.

É um faoto: Falcão é um profissional consagrado no mundo do futebol. Tri Campeão Brasileiro pelo Internacional, protagonista da Roma em um título italiano que não vinha desde 1942, o ex-volante poderia ficar tranquilo e curtir os frutos que conquistou, mas preferiu fazer diferente e enfrentar mais um desafio. E explicou o porquê.

“Foram vários motivos, a marca do Santos, a minha adoração ao Pelé. Impossível de imitar, mas era meu escudo. Chego no Santos e Serginho Chulapa e Clodoaldo estavam me esperando. Chulapa era meu companheiro de quarto em 1982, o Clodoaldo é meu centro-médio na seleção de todos os tempos. Minha definição foi pela conversa com presidente, possibilidade de ajudar o Santos. Vamos ter dificuldades, mas quem não tem?”, completa Falcão.

Leia também: