Alexandre Gallo completará dois meses no cargo de coordenador de futebol do Santos (Foto: Raul Baretta / Santos FC)

A próxima quarta-feira (11) marcará o dia em que Alexandre Gallo completará seu segundo mês à frente do cargo de coordenador de futebol do Santos, sucedendo Paulo Roberto Falcão, que deixou o clube em agosto após denúncias de abuso sexual.

Durante esse período, Gallo conquistou o apoio da torcida santista devido à sua proatividade na função, o que era uma queixa dos torcedores em relação ao antigo coordenador. Após o triunfo sobre o Palmeiras no último domingo, que marcou a terceira vitória consecutiva do Santos no Brasileirão e fez com que o time subisse na tabela, Gallo avaliou seu trabalho e pediu para que o time mantenha os pés no chão.

“Eu acho que a primeira coisa é que eu nunca quis ser visto aqui apenas por ser um ex-atleta do clube ou um ex-treinador do clube, ou por ter sido campeão em 2004 com o clube. Estou aqui porque me preparei muito para isso, tenho uma história nessa função, já com o Atlético Mineiro e a Seleção Brasileira. Enfim, estudei muito para estar aqui. Esse momento foi talvez o mais difícil que a gente pode encontrar, mas as ações que estamos tomando no dia a dia, essa aproximação com a comissão técnica e com os atletas, tentando extrair o máximo deles, nos colocam no caminho certo. Temos os pés no chão, pois ainda não conquistamos absolutamente nada. O Santos é muito grande para estarmos satisfeitos com este lugar ainda. Então, vamos com fé, vamos com calma e vamos seguir a nossa trilha, pois ainda temos muito pela frente. Estamos muito conscientes de que não saímos do sufoco, e devemos respeitar nossos adversários, mas o caminho é esse”, disse o coordenador.

Alexandre Gallo também foi questionado sobre a recuperação do Santos e o clima que foi criado desde a sua chegada até hoje. O coordenador explicou em que aspectos ele ajudou neste período, aplicando toda sua experiência de 42 anos no futebol para auxiliar os jogadores e melhorar o ambiente no clube.

“Primeiro, coloquei um pouco da minha experiência. Estou no futebol há 42 anos ininterruptos, mas acredito que o aspecto mais importante são as pessoas. Liderar é servir, e eu servi muito, aplicando toda minha expertise nesse assunto para os atletas. Tínhamos e ainda temos a confiança de que temos um time que não deveria estar na situação em que estamos. Portanto, uma série de ações do dia a dia está nos permitindo extrair o máximo dos atletas. Somos um suporte para a comissão técnica, que está trabalhando muito bem, e para os próprios atletas, que compartilham nossa ideia. Juntos, esperamos sair desse momento difícil sempre mantendo os pés no chão”, concluiu.

Leia também: