Guilherme marcou dois gols na vitória do Peixe (Divulgação/Santos FC)

O “Efeito Neymar”, que contagiou a Vila Belmiro na sexta-feira, deu um novo gás ao Santos, que recebeu o São Paulo na noite deste sábado (1) e, mesmo saindo atrás no placar, e com o técnico Pedro Caixinha expulso aos 6 minutos, venceu do jeito que a torcida gosta: 3 a 1, de virada, com direito ao gol de número 13 mil da história alvinegra.

Empolgado com a volta do craque da camisa 10 ao clube, o Santos mostrou uma atitude diferente, em especial dos jogadores mais criticados na derrota para o São Bernardo, Diego Pituca e Luan Peres.

O Peixe saiu atrás no placar, com um gol de Lucas, mas empatou no primeiro tempo, com Guilherme, que marcou o gol 13 mil da história do Santos, antes da descida para o intervalo.

O Alvinegro da Vila decretou a vitória na etapa final, com um belo gol do menino Gabriel Bontempo, o primeiro dele pelos profissionais do Alvinegro, e mais um de Guilherme, artilheiro do Campeonato Paulista, aproveitando assistência magnífica de Pituca.

Na próxima rodada, o Peixe recebe o Botafogo-SP, novamente na Vila Belmiro, às 21h35, com TV aberta. A expectativa é grande para o duelo, já que o aniversariante do dia, Neymar, pode fazer sua reestreia pelo Santos e assumir de vez a camisa 10 como o Príncipe herdeiro de Pelé.

O jogo

A partida começou quase uma hora depois do horário previsto por conta das fortes chuvas que castigaram a Baixada Santista, mas o bom sistema de drenagem da Vila Belmiro permitiu que o jogo seguisse sem maiores intercorrências.

Logo aos 6 minutos, porém, após reclamar acintosamente com a arbitragem, Pedro Caixinha, técnico do Santos, foi advertido com cartão amarelo e, na sequência, acabou expulso de campo por Luiz Flávio de Oliveira.

O primeiro tempo foi intenso, mas muito mais físico do que técnico, com divididas fortes, bolas alçadas na área e poucas chances de gol. Na melhor delas, aos 34 minutos, a defesa santista bobeou após cobrança de lateral, Calleri girou em cima de Luan Peres e cruzou para Lucas, que levou a melhor sobre Vinícius Lira e chutou para fazer 1 a 0.

Na sequência, aos 37, Pituca chutou em cima dos braços de Sabino, mas a arbitragem nada marcou. Gabriel Bontempo ainda teve a chance de empatar após Tiquinho fazer o pivô, mas errou o alvo, e o gol de empate veio “na mesma moeda” que o São Paulo marcou.

Aos 43, após lateral na área, Tiquinho raspou de cabeça, Guilherme cabeceou, Rafael espalmou e, na sobra, Gabriel Bontempo chutou para encontrar Guilherme, bem posicionado: 1 a 1 e gol de número 13 mil da história do Santos.

Segundo tempo

Os times voltaram iguais para a etapa final, mas, com o gramado mais seco, o Santos foi para cima e, aos 7 minutos, virou o jogo. Tiquinho Soares fez o pivô com perfeição e tocou para Soteldo. O venezuelano viu Gabriel Bontempo livre na direta e, com personalidade, o garoto prendeu a bola, esperou Leo Godoy passar e, ao invés de passar, chutou cruzado para vencer Rafael: 2 a 1 e festa na Vila.

A festa, que já era grande, ficou ainda maior aos 26 minutos, quando Diego Pituca deu um passe magistral para Guilherme. O atacante entrou sozinho nas costas da defesa do São Paulo, chutou cruzado, fez 3 a 1 e garantiu a importante vitória do Peixe.

FICHA TÉCNICA
SANTOS 3 X 1 SÃO PAULO 

Competição: Campeonato Paulista (6ª rodada – fase de grupos)
Data e hora: 1 de fevereiro de 2025, às 20h30 (horário de Brasília)
Local: Vila Belmiro, Santos (SP)
Árbitro: Luiz Flávio de Oliveira
Assistentes: Alex Ang Ribeiro e Raphael de Albuquerque Lima
Quarto Árbitro: Fagson Junior dos Santos Silva
VAR: Rodrigo Guarizo Ferreira do Amaral
Cartões amarelos: Tomás Rincón, Tiquinho Soares, Zé Ivaldo, Leo Godoy (Santos), Sabino, André Silva, Ferrerinha (São Paulo)
Cartão vermelho:
Pedro Caixinha (Santos)

GOLS: Lucas (0 x 1), aos 34 e Guilherme (1 x 1), aos 41 minutos do 1º tempo; Gabriel Bontempo (2 x 1), aos 7, Guilherme (3 x 1), aos 26 minutos do 2º tempo

SANTOS: Gabriel Brazão; Leo Godoy, Zé Ivaldo, Luan Peres e Vinicius Lira (Kevyson); Rincón, Pituca e Gabriel Bontempo (Miguelito); Soteldo (Schmidt), Guilherme (Luca Meirelles) e Tiquinho Soares. Técnico: Pedro Caixinha

SÃO PAULO: Rafael, Igor Vinicius (Ferraresi), Arboleda, Sabino e Enzo Díaz (Ian Francisco); Pablo Maia (Ferreirinha) e Alisson; Lucas, Oscar e Luciano (Erick); Calleri (André Silva). Técnico: Luis Zubeldía