Guilherme participou do PodPah nesta quinta-feira (6) (Foto: Reprodução / PodPah)

Artilheiro do Santos em 2024 e principal goleador da equipe em 2025, com 10 gols em 13 jogos, o atacante Guilherme revelou que o clube tentou negociá-lo sem sua ciência. Em entrevista ao canal Podpah, o jogador afirmou que soube das movimentações nos bastidores apenas quando a negociação já estava avançada.

“Porque aconteceu muita coisa errada, né? No fim do ano, posso falar porque o torcedor sabe, todo mundo sabe, mas eu estava sendo quase despejado do Santos. Eu estava sendo oferecido para clubes, estavam negociando por bastidores sem eu saber, sem meu empresário saber. Tanto é que, quando chegava na reta final, teve até troca de minutos no contrato. Os caras estavam se desfazendo de mim. E isso é uma verdade, o torcedor sabe. Durante as férias e na reta final da janela, saía notícia de que eu poderia sair, mas nunca chegou nada para mim. Sair para onde? Eu estou feliz aqui”, afirmou Guilherme.

Nos bastidores, a negociação envolvia uma troca entre Guilherme e Erick, então jogador do Athletico-PR. O ex-executivo de futebol do Santos, Alexandre Gallo, chegou a trocar documentos com o clube paranaense para viabilizar a transferência. Com a saída de Gallo e a chegada do técnico Pedro Caixinha, a situação mudou, e Guilherme optou por renovar seu contrato.

“Eu já estava me sentindo desvalorizado dentro do clube, e o torcedor não sabia disso, era coisa de bastidor. Eu não estava nem me sentindo mais no Santos. O clube é gigante, mas é gerido por pessoas. Não vou falar no plural, porque existe o presidente, o filho do presidente, o staff do presidente, a diretoria… Muita gente palpita sobre quem chega e quem sai. Mas tinham pessoas lá dentro que queriam a minha saída, e até hoje eu não entendo o motivo”, explicou o atacante.

A permanência de Guilherme no Santos teve influência direta de Pedro Caixinha. O treinador português garantiu ao jogador que contava com ele para a temporada, o que foi determinante para a renovação de contrato.

“Quando tive minha primeira conversa com o Caixinha, ficou meio a meio. Ele falou para mim que não abriria mão de mim de jeito nenhum. Aí eu pensei: tem alguma conta que não está batendo. Porque o campo me quer, mas o que está acontecendo fora? Mas chegou muita gente nova, inclusive na diretoria. O respaldo do treinador foi importante. Ele falou: ‘Tu és dos mais importantes, foi o melhor jogador que eu tive ano passado. Como vou abrir mão do cara que fez mais gols e deu mais assistências?’”, completou.

O Diário do Peixe já havia apurado em dezembro de 2024 que Guilherme poderia ser negociado. No entanto, com a saída de Gallo e a chegada de Caixinha, o cenário mudou, e o atacante permaneceu no clube.