Calebe (direita) fez o gol do empate com apenas nove segundos restando (Crédito: Ivan Storti/Santos FC)

O Santos é o time da virada. Não importa a categoria, o Peixe não teme desvantagens no placar. Pelo contrário, mesmo em categorias onde isso poderia desestabilizar o time, o Alvinegro tira forças para buscar o resultado. A manhã desta sexta-feira foi mais uma dessas memoráveis reações.

O Sub-11 do Santos teve um jogo para entrar para a história nas quartas de final da Go Cup, maior competição de futebol infantil da América Latina. Com 77 gols em seis partidas na primeira fase, o Peixe deu o cartão de visita logo de início com o atacante Luca abrindo o placar. No entanto, o Cruzeiro, adversário das quartas, tinha um nome que mudaria o jogo: Estevão.

O atacante cruzeirense desequilibrou. Em três contra-ataques rápidos, Estevão transformou o placar do jogo em 3 a 1 para o time mineiro. O atacante é o vice-artilheiro da Go Cup com 26 gols. E o primeiro tempo terminou assim.

No início do segundo tempo, para dificultar mais ainda a vida dos meninos do Peixe, Samuel fez 4 a 1 para o Cruzeiro. A situação não era fácil. O time mineiro se fechou inteiro para se defender do talento santista em marcar gols: o Santos é dono do melhor ataque da competição.

Restando apenas dois minutos no placar, Luca acertou uma bomba de fora da área e diminuiu a vantagem. No lance seguinte, Pedro Padula arrancou pela direita driblando os defensores, invadiu a área e bateu no canto: era o terceiro gol santista. Com apenas nove segundos restando no relógio, o atacante Calebe, em um bate rebate dentro da área, empurrou para o gol e decretou o empate: 4 a 4.

O jogo foi os pênaltis e aí quem fez a diferença foi uma dupla que joga bem longe do gol adversário. O zagueiro Alencar, capitão santista, atuou por três anos no Cruzeiro e conhecia o adversário. Antes da disputa por pênaltis começar, o capitão se aproximou do goleiro Murilo e avisou: “o Estevão vai bater na esquerda”.

O Santos começou batendo a série de três penalidades e Luca perdeu a primeira cobrança. O Cruzeiro converteu a sua. No segundo pênalti, Padula converteu e Rhian perdeu para o Cruzeiro. O meia Pietro colocou nas redes o terceiro pênalti. E aí veio ele: Estevão. O atacante canhoto partiu para a bola e bateu justamente no canto esquerdo, Murilo agradeceu, saltou, fez a defesa e classificou o Santos para as semifinais.

Agora, o Santos terá mais um clássico contra o Palmeiras em mais uma semifinal. O jogo está marcado para a tarde desta sexta-feira, às 15h. O rival anotou 68 gols até aqui na competição e sofreu 11, números inferiores aos 84 gols marcados e apenas oito sofridos pelo Peixe.