Apesar da campanha irregular na temporada, o Peixe está classificado para as próximas fases da Libertadores e Copa do Brasil, além de ter conseguido sair da zona de rebaixamento do Brasileirão (Crédito: Diário do Peixe)

O Santos não vive um bom momento dentro e fora de campo. Na temporada, a equipe faz uma campanha irregular, com mais derrotas do que vitórias no ano após o revés para o Monterrey, no México. São 36 jogos, com 14 vitórias, 7 empates e 15 derrotas. Na política, essa semana integrantes do Comitê Gestor pediram para sair e William Machado entregou o cargo de gerente de futebol. O presidente José Carlos Peres luta ainda contra pedidos de impeachment e o seu vice, Orlando Rollo, quer deixar o cargo.

O técnico Jair Ventura nunca veio a público reclamar de nenhuma situação dos bastidores e, após a derrota para o time mexicano, foi questionado sobre o conturbado momento dos bastidores da Vila Belmiro. Muito seguro, o treinador respondeu sobre o tema de forma transparente.

“É lógico que a gente quer trabalhar com tranquilidade, mas a gente sabe que no futebol não é assim. Então, vivo um momento de muita aprendizagem por essas situações (políticas), mas elas só são faladas antes do jogo, porque quando começa o jogo a culpa é sempre do treinador, né. Esquecem de qualquer situação política, qualquer situação de contratação ou não, e o grande responsável é o treinador. Então eu lido com a maior naturalidade”, disse Jair, que na sequência comentou como está fazendo para evitar que as brigas políticas afetem os jogadores. O treinador também aproveitou a oportunidade para chamar a responsabilidade para si sobre a campanha irregular da equipe no ano.

“Eu tento blindar o máximo o nosso vestiário para que os problemas extracampo não entrem e não afetem nosso dia a dia, como não vem afetando. Nunca vou usar algum problema extracampo, problema que tem isso ou que não tem, como desculpa nas nossas derrotas. A única responsabilidade das derrotas é minha, por isso escolhi ser treinador”, falou o técnico santista.