Jair Ventura foi alvo de protesto da torcida do Peixe, que pichou a subsede que fica em São Paulo (Crédito: Ivan Storti/Santos FC)

Jair Ventura demorou para aparecer na coletiva de imprensa e, com semblante sério, não usou seu rico e rotineiro vocabulário para responder as perguntas dos jornalistas presentes.

Logo de cara, foi questionado se foi um massacre do Grêmio a goleada de 5 a 1. Jair disse que cada um tem a liberdade de classificar como achar melhor, mas ele preferiu atribuir a expressão “uma noite não boa da equipe do Santos”.

“Foi um jogo onde uma equipe fez uma excelente partida e nós não fizemos uma grande partida. Eu vejo um placar elástico, de uma equipe que vem com um treinador trabalhando junto há muito tempo, e em contrapartida um Santos que não fez o seu melhor jogo. Uma noite muito boa da equipe do Grêmio, uma noite não boa da equipe do Santos”, resumiu Jair.

Como a partida foi no Sul, a imprensa gaúcha, presente em maior número na Arena, fazia muitas questões para o treinador santista sobre a qualidade do Grêmio, que venceu seu segundo jogo consecutivo por 5 gols. E depois de responder algumas perguntas sobre o adversário, Jair cortou o tema Grêmio de sua entrevista.

“Eu acho que sou treinador do Santos. Eu estou aqui para falar do Santos, não do Grêmio. O Grêmio é uma equipe muito boa, eu já falei, agora eu acho que você tem que fazer pergunta sobre o Santos, isso é pergunta para o Renato responder”.

No final, Jair comentou sobre as pichações que os torcedores fizeram no muro da subsede do Santos na cidade de São Paulo, no bairro do Pacaembu. O treinador foi um dos alvos das críticas, quando picharam a frase: “Escala direito, Jair FDP!”.

“Eles (torcedores) têm toda a razão. Imagina você ser torcedor e ver sua equipe perder por um placar elástico como esse. Faz parte da vida do treinador. É hora da gente saber apanhar e poder reverter no próximo jogo”.