Jamelli foi vice-campeão brasileiro em 1995 (Crédito: Pedro Ernesto Guerra Azevedo/Santos FC)

Poucas pessoas tem o nome ligado ao Santos em mais de uma função ao longo da carreira. Um dos casos é o de Paulo Jamelli, meia-atacante dos anos 90 e gerente de futebol do time que encantou o Brasil em 2010.

O ex-jogador participou de Live no Instagram relembrando momentos de suas passagens pelo clube. Entre os assuntos abordados, a decisão de deixar o São Paulo (clube que o revelou) para defender o Santos, o escândalo de arbitragem na final perdida em 1995 e a passagem vitoriosa como gerente em 2010.

Chegada ao Santos como jogador

“Conversando com o Telê, falei que já tinha 21 anos, que precisava jogar mais. O Clodoaldo me ligou, a gente conversou. Eu estava quase fechando com o Botafogo de Ribeirão Preto e ele me chamou pra ir para Santos. Foi a decisão mais acertada da minha carreira fazer essa mudança. Depois, aconteceu tudo o que aconteceu”.

Final do Brasileiro de 1995

“Sempre falo que se tivesse VAR naquela época, o Santos era campeão brasileiro em 1995, simplesmente isso. Queria ter meu nome gravado no Museu do Santos como campeão. Por uma obra do destino, fui campeão de outras formas, como dirigente. Minha foto está lá no muro, não como campeão, mas está lá. Aquele Campeonato Paulista (2010), o Giovanni naquele campo, gritando é campeão. É um pouco de cada um de nós de 1995, gritando junto com ele”.

Volta ao Santos como gerente em 2010

“Luís Álvaro falou que me queria como gerente, profissional. Único pedido que ele fez para mim era que não queria entrar para a história como o presidente que caiu para a segunda divisão”.

Contratação de Robinho

“Era impensável. Sem dinheiro, como a gente vai trazer o Robinho? A história foi impressionante. A gente estava concentrado, lá no CT, assistindo o jogo do Manchester City. O Robinho no banco, entra no segundo tempo e um jogador do City é expulso. O técnico tirou ele, com dois minutos. Falei para o Luis Álvaro: ‘Se a gente pude contratar o Robinho era o momento’. Ele falou que era uma boa. Eu tava brincando quando falei.

Deu 15 dias e o Robinho tava contratado. Descendo de helicóptero com o Pelé. Chorão cantando. Umas dez mil pessoas na Vila, num dia de semana de manhã. Era uma ideia que surgiu sem querer”.

Saída de direção do Santos

“Eu tinha mais um ano de contrato. Já tinha organizado a Libertadores de 2011 inteira. No dia 22 ou 23 de dezembro, o Pedro Nunes (diretor de futebol) me chama. Fui no escritório dele em Santos. Disse que precisava fazer um choque de gestão e achava que eu era muito próximo aos jogadores. Me desliguei do Santos. A surpresa que eu tive depois é que levaram um cara para o meu lugar que tinha mais perfil de campo do que eu. Decisão que foi tomada, não tenho nenhum problema quanto a isso”.