Robinho teve seu contrato suspenso com o Santos (Crédito: Ivan Storti/Santos FC)

O Ministério Público de Milão enviou ao Ministério Público um pedido de extradição e ordem de prisão internacional contra o ex-jogador Robinho. Apesar do Brasil não permitir a extradição de brasileiros, ele poderá ser preso caso tente sair do país. A informação foi dada inicialmente pelo jornal italiano La Repubblica.

Robinho e um dos seus amigos, Ricardo Falco, foram condenados a nove anos de prisão por violência sexual em grupo contra uma mulher albanesa em uma boate em Milão, em 2013. A decisão foi definitiva do Corte de Cassação de Roma ainda em janeiro e não cabe mais recurso.

Robinho foi anunciado como reforço do Santos no dia 10 de outubro de 2020. Na época, assinou um contrato com salário simbólico. O Peixe correu para registrá-lo na CBF nos poucos dias em que ficou livre dos transferbans da Fifa e ele apareceu no BID no dia 12 de outubro, com direito a plantão da CBF em pleno feriado para o registro.

No entanto, após a repercussão negativa entre os torcedores e pressão dos patrocinadores (a Orthopride chegou a rescindir o contrato), a diretoria do Santos decidiu suspender o contrato do jogador que, na época, ainda estava em condenado em primeira instância e recorria da decisão do Tribunal de Milão, na Itália.

No dia 10 de dezembro de 2020, o Tribunal de Milão manteve a condenação do jogador a nove anos de prisão. No início de 2021, o contrato de Robinho com o Santos se encerrou.

O Peixe pagou nos últimos meses uma dívida milionária que tinha com o atleta pelas suas passagens anteriores.  Revelado pelas categorias de base do clube, Robinho foi campeão brasileiro em 2002 e 2004. Voltou ao clube pela primeira vez em 2010 e foi campeão paulista e da Copa do Brasil. Em 2015, na sua terceira passagem, foi campeão paulista. Ele tem 253 jogos e 111 gols com a camisa do Peixe.