O lateral-esquerdo Zeca concedeu uma entrevista coletiva na tarde desta sexta-feira em São Paulo (Crédito: Diário do Peixe)

O lateral-esquerdo Zeca concedeu uma entrevista coletiva na tarde desta sexta-feira em São Paulo e falou pela primeira vez sobre a saída do Santos. O jogador chorou várias vezes durante a entrevista, garantiu que não errou em nenhum momento pela saída e decretou o fim de qualquer possibilidade de voltar ao Peixe.

“Eu não volto mais ao Santos por tudo que já aconteceu. A Justiça vai ser feita e estou do lado certo”, disparou.

O jogador criticou tanto o ex-presidente Modesto Roma Jr quanto o atual, José Carlos Peres. Em relação ao primeiro Zeca afirmou que foi aliciado para assinar com outros empresários. Em relação ao segundo, o lateral condenou a postura de afirmar que ele deveria pedir desculpas para voltar ao Santos.

“Ele tinha que ter outra atitude, ter procurado meus empresários, não dar pancada e fazer coisas para me prejudicar”, afirmou Zeca. O jogador disse que desde que se afastou do Santos apanhou “calado”, que ouviu muitas mentiras serem ditas a seu respeito e que as declarações de Peres nesta quinta-feira foram a gota d’água para decidir vir a público dar a sua versão.

Zeca contou que, além da agressão sofrida no aeroporto na volta de um jogo em Recife, contra o Sport, sua mãe recebeu ameças e ficou bastante abalada. O jogador afirmou que em nenhum momento o Santos lhe ofereceu suporte para superar o “momento difícil que vivia”.

O lateral entrou na Justiça em outubro pedindo a liberação no Santos sob a alegação de atrasos no pagamento de FGTS e insegurança para trabalhar, mas não conseguiu a liminar. O julgamento foi marcado para abril, mas em dezembro o jogador conseguiu um Habeas corpus em Brasília que o liberava para trabalhar em qualquer lugar, mas o Santos conseguiu uma vitória na Justiça para fazer constar no registro dele a existência de uma disputa jurídica.

Os assessores do jogador dizem que o jogador está livre para jogar em qualquer clube e que a declaração do José Carlos Peres sobre a obrigatoriedade de o clube comprador pagar uma caução ao Santos, detentor do passe do jogador, não procede.