Escalação do Peixe na batalha de Rosário: Zetti, Anderson Lima, Elder, Sandro, Claudiomiro e Barcos Bazílio (em pé); Athirson, Eduardo Marques, Alessandro, Fernandes e Narciso (agachados) (Crédito: Divulgação Santos FC)

Revelar jovens para ser campeão. A história do Santos Futebol Clube mostra que os Meninos da Vila sempre foram a força do Peixe. E assim pode ser contada a história de Marcos Bazílio.

O volante, que chegou ao clube no final do ano de 1990, ainda adolescente, pelas mãos do eterno coringa Lima, foi um dos símbolos da força do Santos na batalha de Rosário. No então inédito título da Conmebol, em 1998, Marcos Bazílio foi um dos titulares da equipe de Emerson Leão que segurou o empate de 0 a 0 na Argentina contra o Rosário Central – pressão antes da chegada ao estádio e dentro dele, pois além do adversário briguento em campo, mais de 50 mil torcedores lotavam as arquibancadas. Mas como o Peixe havia vencido na Vila o primeiro confronto por 1 a 0, gol de Claudiomiro, faturou a conquista com o empate heroico.

A força física sempre foi a grande marca do jogador. Rápido e combativo, Marcos Bazílio era daqueles volantes marcadores que não dava espaço ao adversário.

Foto de Marcos Bazílio para álbum de figurinha (Crédito: Divulgação)

E com essas características o atleta permaneceu por quase 13 anos na Vila. Das categorias de base até o profissional, onde ficou por pouco mais de três anos.

Nesse período, Marcos Bazílio foi o guarda-costas de muitos craques que desfilaram na Vila, como Giovanni, Müller e Dodô (esse são apenas alguns). Passou nas mãos de vários treinadores, como Vanderlei Luxemburgo, Paulo Autuori, Coutinho, Mané Maria… Na base, cresceu com muitos outros atletas que também vestiram a camisa profissional do Peixe, como Adiel, Eduardo Marques, Rodrigão.

“O Santos ajudou a formar a minha personalidade! Graças a Deus tenho uma base familiar excelente, e o Santos ajudou a dar continuidade nessa formação. Só tenho que agradecer o Santos pela oportunidade de conhecer tanta gente boa, de me proporcionar viagens maravilhosas, jogos marcantes, de jogar na Vila mais famosa do mundo”, disse o ex-jogador em entrevista exclusiva ao DIÁRIO DO PEIXE.

Hoje com 43 anos, Marcos Bazílio, natural de São Paulo (SP), está casado, tem uma filha de seis anos e mora em Santos. E como muitos ex-jogadores, depois que chutou a primeira bola nunca mais a deixou. Por isso seguiu a carreira de técnico. Depois de passar cinco anos atuando na base da Portuguesa Santista, ele trabalha no momento como treinador do Sub-17 do Jabaquara, outra tradicional equipe da Baixada Santista.