Lisca foi apresentado no Santos (Crédito: Ivan Storti/Santos FC)

O técnico Lisca foi apresentado pelo Santos à imprensa na tarde desta quinta-feira (21) e impressionou na entrevista coletiva. O treinador imitou treinadores como Cuca e Mano Menezes, contou histórias, falou parte sobre tática e do desejo de melhorar o coletivo do Peixe.

“Uma evolução enorme, uma oportunidade de ouro e um clube dispensa comentários. A dimensão que o Santos tem é regional, nacional, sul-americana e mundial. A década de ouro de 60 fez com que o Santos se confundisse com a história do futebol brasileiro, quantos jogadores daqui já não passaram pela Seleção…É um orgulho enorme, é um momento especial da minha carreira”, comemorou o treinador.

Lisca já comandou o treino desta quinta e comentou sobre o estilo atual do jogo do Santos e as mudanças que pretende fazer. O técnico explicou alguns conceitos que quer introduzir no time.

“Já vinha acompanhando o Santos…eu gosto de jogar o futebol zonal, as referências do meu time são a bola, espaço, companheiros e adversário. O Santos ainda é muito fixado no adversário e o adversário, muitas vezes, nos manipula, leva para espaço que eles querem e às vezes acaba abrindo algumas situações de descompactação do time, de leitura de jogo. O que vem primeiro defender e atacar ou atacar e defender? É uma pergunta que sempre faço. Para você atacar bem você tem que defender bem, você tem que estar bem posicionado para quando recuperar a bola começar o processo de ataque. Para você defender bem você também tem que atacar bem, quando você perde a bola tem que estar muito bem posicionado para começar o processo pós perda, recuperação de bola o mais próximo do campo do adversário.”, explicou Lisca.

“Já comecei a introduzir alguns conceitos hoje com os jogadores que não atuaram a nível de iniciação de jogo, articulação ofensiva, preenchimento e ocupação de espaços, fixação de adversários e a sincronia de movimento. Tem muita coisa para trabalhar, isso é uma coisa que me motivou muito para vir para cá. Jogadores em potencial, mas ainda não temos uma equipe forte coletivamente e acho que é visível para todo mundo. Tanta para defender quanto para atacar. Quero potencializar o individual deles com o coletivo forte, o futebol é um esporte coletivo e eles tem que jogar não por intuição, mas por intenção.”, acrescentou.

“Eles saberem o que estão fazendo, o porquê de estarem se movimentando…eu gosto de pressionar mais na frente, fechar o corredor central, fechar a linha de passe. Tem muito conceito para a gente introduzir, é gradual, vou ter um pouco de dificuldade nesse primeiro jogo contra o Fortaleza até pelo tempo. Eles gostaram hoje da conversa, da ideia de jogo, você se desgasta menos…tem muita coisa para fazer. Acho que vou contribuir muito para a gente ter um time forte e o torcedor do Santos ver que o time tem uma organização coletiva, potencializar o individual também para a parte coletiva”, concluiu.